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Odilon Fernandes – advogado, escritor, professor e procurador federal aposentado.

As injustiçadas mulheres

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publicado em 13/03/2018 às 15h41

Celebrou-se esta semana o dia da mulher, com flores, bom bom, retórica, poesia e muita hipocrisia, posto que, nos outros 364 dias do ano, só se faz exigir, por demais das mulheres, com muito machismo, já que não se tem a preocupação diuturna de faze-las felizes todos os dias.

A mulher quase sempre diz que está tudo bem, até nos momentos de grandes problemas e enormes dificuldades pelos quais passa no seu dia a dia, isto tendo em vista que mesmo quando dizem que estão com problemas e dificuldades, a maioria das pessoas, especialmente os homens, não acreditam, não dão à devida importância as afirmações femininas. Quase sempre as mulheres são obrigadas a matar um leão por dia, diante da complexidade das suas vidas, quase sempre decorrentes da multiplicidade e enormidade de dificuldades que vivem e são obrigadas a enfrentar em cada momento de suas vidas. A maioria delas não escuta alguém dizer “eu te amo” com frequência, por mais feministas que possam ser alguns homens, eles não chegam a enfrentar o mínimo do que as mulheres são obrigadas a ter que superar.

Há décadas escuto e leio afirmações superadas de que por trás de um grande homem existe uma grande mulher, acosto-me as opiniões minoritárias e mais realísticas de que na realidade existe uma grande mulher à frente de um grande homem. Confesso-me comoparte daqueles que reconhece existir, como medíocre, na minha frente ter uma grande mulher, esta valorosa mulher é a minha amada, adorável e poderosa Miriam Celeste, pois ela foi capaz de fazer-me  o homem que sou, pelo menos, suportável, mas capaz de reconhecer que todas as minhas conquistas e algumas poucas virtudes são devidas a grandeza de espirito, fortaleza e perseverança da mulher com quem casei e soube tornar-me um homem feliz, dentro da relativização dos valores humanos.

Sertanejo machista de origem, até certo ponto domado, sou capaz de diariamente pelo menos dizer: Miriam te amo demais e mesmo assim acho que este “demais” diante dos seus méritos não chega a ser o bastante. Fique certa de que a todo momento agradeço a Deus, mormente, nas minhas orações diárias, tê-la recebido Dele a mulher celestial que você é como presente e além de você sempre contei com o amparo de outras mulheres amadas, como minha mãe, minhas irmãs,  minha filha, e desvelado carinho das minhas netas, em especial, além de outras também extremamente importantes na minha existência e no caráter que tenho. E a você Miriam, como bem sabe, não canso de sussurrar eu te amo, eu te adoro e tenho ainda mais razões para fazer essas declarações, com um revolver 38 que você guarda na sua gaveta, com a chave escondida, portanto não saia também totalmente convencida e absoluta segurança das parcas declarações por mim feitas, pois estou longe de ser forte como você e a franqueza forçar-me a dizer ,  nunca deixei de respeita-la por conta do famigerado 38, a que todas as mulheres deveria ter acesso e ficar com mais certeza que em quaisquer circunstâncias e discussões acaloradas teriam mais força para impor o respeito que merecem.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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