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João faz mistério, mas abre portas para Cartaxo

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publicado em 12/03/2018 às 22h54
atualizado em 13/03/2018 às 08h03
João Azevêdo é entrevistado pelo jornalista Heron Cid no Frente a Frente

João Azevêdo é entrevistado pelo jornalista Heron Cid no Frente a Frente

O secretário de Estado dos Recursos Hídricos e pré-candidato do PSB ao Governo, João Azevêdo, afirmou que o partido ainda não iniciou tratativas com o prefeito Luciano Cartaxo com o objetivo de formar uma possível aliança para as eleições de outubro. Durante entrevista ao jornalista Heron Cid, no Frente a Frente desta segunda-feira (12), Azevêdo abriu as portas para uma possível aliança com o gestor da Capital.

A união, no entanto, é condicionada ao apoio do prefeito ao projeto do PSB. “Poderemos sentar e discutir, com base em projetos e propostas, essa participação, mas os contatos não estão acontecendo neste momento”, afirmou. Ele avaliou que ainda é cedo para discutir a formação de alianças e considerou que a decisão de Cartaxo, em não disputar as eleições, foi pessoal e não partidária.

Na entrevista João Azevêdo afirmou que a estratégia do partido é formar uma chapa com nomes de João Pessoa e Campina Grande. Um dos cotados para representar a Rainha da Borborema é o deputado federal Veneziano Vital. “Na montagem da chapa as pessoas precisam agregar e ter perfil para colaborar com a continuidade do projeto”, afirmou. Apesar de fazer mistério sobre nomes que são levados em consideração, Azevêdo revelou que conversas nesse sentido ocorreram com várias pessoas. “Vamos discutir chapa mais para frente”, disse.

Sobre a participação de Lígia Feliciano na chapa majoritária, Azevêdo ressaltou a contribuição da vice-governadora para com o projeto do PSB e afirmou não ver problemas em sua participação na chapa. Já em relação a possibilidade de ter seu nome retirado da disputa, o secretário ressaltou que não há qualquer chance de ocorrer o mesmo que nas eleições de 2016, quando foi substituído por Cida Ramos na disputa. “2018 é outro cenário”, avaliou.

Governo x MPF

João Azevêdo, secretário de Infraestrutura e Recursos Hídricos

O uso das águas do rio São Francisco é tema frequente de embate entre o Ministério Público Federal (MPF) e o Governo do Estado. No mais recente caso, o órgão fiscalizador recomendou a suspensão do bombeamento da água  do Eixo Leste para realização de obras nos açudes de Poções e Camalaú. Também neste caso, o Governo discorda do posicionamento, que será discutido durante reunião nesta sexta-feira (16).

“Entendemos que não é necessário. Estamos no período de chuva, o que dificultaria o trabalho independente do bombeamento”, disse João Azevêdo, ressaltando que julho é uma data razoável para que fossem realizadas as obras nos dois açudes. “Mesmo em julho não há necessidade de redução do bombeamento”, avaliou.

O secretário relembrou a queda de braço travada com o MPF para suspensão do sistema de racionamento em Campina Grande e região. O órgão se posicionou contra a decisão do Governo. “Nós tínhamos dados e informações que garantiam segurança necessária para finalizar o racionamento”, afirmou.

Segurança hídrica em todos os municípios

As águas do rio São Francisco devem entrar na Paraíba pelo Eixo Norte da Transposição somente no mês de julho, conforme previsão de Azevêdo. Problemas com execução da obras afetaram o prazo inicial estabelecido pelo Ministério da Integração, que era março deste ano.

Azevêdo explicou que o Eixo Norte da Transposição tem três segmentos: o primeiro e o terceiro, que entra na Paraíba, estão praticamente concluídos. Mas o segundo, ainda no estado de Pernambuco, estava sendo executado por uma empresa, que entregou o contrato. A partir da entrega foi necessária uma nova licitação, o que causou atraso de quase um ano. A nova empresa, porém, não conseguiu executar a obra no ritmo planejado.

De acordo com o secretário, a partir da conclusão do Eixo Norte a Paraíba será o estado do Nordeste melhor beneficiado com a Transposição. “Se a Paraíba continuar investindo em recursos hídricos, nos próximos três anos terá a tão sonhada segurança hídrica em todos os municípios”, assegurou o secretário.

MaisPB

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