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CHARLIE HEBDO

Ataque terrorista a Revista deixa ao menos 12 mortos em Paris

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publicado em 07/01/2015 às 13h13

Pelo menos doze pessoas morreram nesta terça-feira em um ataque a tiros no escritório em Paris da revista semanal satírica Charlie Hebdo, que foi alvo de ataque no passado após publicar charges com piadas sobre líderes muçulmanos. Entre os mortos estão dez jornalistas e dois policiais.Segundo a polícia, cinco feridos estão em estado grave e o número de vítimas fatais pode aumentar.

O presidente François Hollande foi até a sede da revista e convocou uma reunião de crise no palácio presidencial para as 11H00 de Brasília. As autoridades também anunciaram que a região parisiense foi colocada em estado de alerta máximo. "Os autores do atentado serão processados.

A França está diante de um choque. É um ataque terrorista, é sem dúvida", disse Hollande.

Rocco Contento, porta-voz da polícia Unité, disse que os terroristas entraram em um carro que os esperava para fugir. O carro foi conduzido até Port de Pantin, no nordeste de Paris, onde foi abandonado. Os terroristas então roubaram o carro de um motorista e seguem desaparecidos.

A polícia francesa montou uma grande operação para localizar os agressores. Contento também disse que o escritório da Charlie Hebdo teve a proteção aumentada nas últimas semanas por causa de novas ameaças contra a revista.

O cartunista Charb, que desenhou uma charge de Maomé em 2013, é dos feridos e está em estado crítico, de acordo com o jornal Libération. Ele foi incluído na lista de procurados da Al-Qaeda após para a produção de caricaturas do profeta Maomé. Vincent Justin, um jornalista que trabalha em um edifício próximo à sede do Charlie Hebdo, afirmou que duas pessoas entraram na redação do semanário e começaram a atirar.

De acordo com Justin, os autores do ataque gritavam a frase “vamos vingar o profeta”. O canal France Info informou que dois veículos estavam esperando para ajudar na fuga dos dois homens.

O policial Luc Poignant disse ter conhecimento da morte de um jornalista e de vários feridos, incluindo três policiais. "É uma carnificina", disse Poignant à BFM TV. A sede do Charlie Hebdo foi alvo de ataque com uma bomba incendiária em novembro de 2011 após o jornal ter publicado uma imagem do profeta Maomé em sua capa.

Em 2012, a revista voltou a publicar uma charge de Maomé e novamente foi ameaçada. Hoje, horas antes do ataque, o semanário publicou em sua conta no Twitter uma charge satirizando Abu Bakr al-Baghdadi, o terrorista que lidera o grupo Estado Islâmico (EI).

Outras testemunhas disseram ao canal de notícias francês iTELE terem visto o incidente a partir de um prédio próximo, no coração da capital francesa. “Cerca de meia hora atrás dois homens com capuz preto entraram no prédio com fuzis Kalashnikovs”, disse Benoit Bringer à emissora. "Poucos minutos depois, nós ouvimos vários tiros", disse, acrescentando que os homens depois foram vistos fugindo do prédio.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, reagiu condenando o ataque terrorista e expressou solidariedade com a França na luta contra o terrorismo. "Os assassinatos em Paris são revoltantes. Estamos ao lado do povo francês na luta contra o terrorismo e na defesa da liberdade de imprensa", declarou Cameron em sua conta no Twitter.

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