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Lavrador é preso por liderar rede de pedofilia

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publicado em 17/02/2018 às 19h08

Um lavrador de 35 anos foi preso em Eldorado, na região do Vale do Ribeira, interior de São Paulo, após uma investigação conjunta entre as polícias do Brasil e da Espanha o apontarem como um dos responsáveis por manter uma rede de pedofilia internacional. Estima-se que ele tenha compartilhado 10 mil imagens ilícitas.

Policiais federais da Delegacia de Santos, no litoral de São Paulo, responsável pela região, cumpriram dois mandados de busca e apreensão em endereços do alvo na sexta-feira (16). Contra o homem, cuja identidade não foi revelada para não atrapalhar as investigações, havia uma ordem de prisão preventiva estabelecida pela Justiça.

A apuração do caso começou após desdobramentos de uma prisão de outro suspeito de envolvimento com pedofilia em Cubatão, no litoral paulista. A Polícia Federal descobriu que ambos investigados integravam uma rede internacional responsável por compartilhar vídeos e fotos contendo pornografia infantil.

A polícia da Espanha colaborou com as investigações da Polícia Federal brasileira em razão do lavrador pertencer a um grupo monitorado naquele país. Além de trocar material ilícito, o morador de Eldorado é investigado por suspeita de ser um dos líderes, em razão da influência que exercia dentro dessa rede.

Pelo celular, conectado à internet, o lavrador recebia e enviava conteúdo a pessoas espalhadas pelo mundo em uma rede social. As investigações apontaram que o lavrador, que é casado com uma jovem de 18 anos e tem um enteado bebê, integrava, ainda, outras comunidades semelhantes que possuem o mesmo objetivo.

Em depoimento à Polícia Federal, ele admitiu que compartilhava o material, mas negou ser líder dos grupos, o que o tornaria capaz de administrá-los. O homem justificou que, para atingir esse patamar nessas comunidades, teria primeiro que produzir imagens próprias com crianças e adolescentes e, então, publicá-las.

A partir disso, mesmo com a negativa do lavrador de que fotografou e gravou conteúdo, os policiais federais passam a investigar eventuais vítimas dele na região do Vale do Ribeira. Há a suspeita que ele tenha estuprado menores de idade, mas a confirmação dependerá do aprofundamento das investigações no caso.

Também serão analisados os materiais apreendidos nos endereços relacionados ao investigado, assim como o celular. Após ser encaminhado à Delegacia da Polícia Federal em Santos, o homem foi levado à Penitenciária 1 de São Vicente, também no litoral paulista, onde permanece preso sem previsão de liberdade.

G1

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