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VIOLÊNCIA

Polícia francesa faz operação para prender 3 autores do atentado contra Charlie Hebdo

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publicado em 07/01/2015 às 16h32

 O ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, assegurou nesta quarta-feira (7) que todas as forças policiais estão mobilizadas para "neutralizar" os "três criminosos" que atentaram contra o jornal satírico Charlie Hebdo em Paris. Os autores do ataque fugiram em um carro, um Citroën C-1, que foi abandonado no nordeste da capital francesa.

"Foram mobilizados todos os meios" para detê-los e queremos que eles "sejam castigados com a dureza que merecem após o ato bárbaro que cometeram", declarou o ministro aos meios de comunicação ao término de uma reunião de emergência organizada no Palácio do Eliseu pelo presidente francês, François Hollande.

O ministro, que se pôs à frente de uma célula de crise do governo para coordenar as operações antiterroristas, ressaltou que o objetivo é "neutralizar os três criminosos na origem deste ato bárbaro".

Cazaneuve confirmou que o ataque causou a morte de 12 pessoas, além deixar 10 feridos, "quatro em situação grave".

O Executivo elevou o nível do Plano Vigipirate a seu máximo, o de "alerta de atentados", na região de Paris.

Cazeneuve enviou um telegrama a todos os governadores regionais (delegados do governo) da França para que aumentem a proteção em estações, locais religiosos e outras instituições sensíveis.

Em Paris, foram iniciados dispositivos de proteção suplementares nos transportes públicos, nas galerias comerciais e nos centros escolares. Também há proteção na sede de alguns meios de comunicação.

De acordo com informações divulgadas, os terroristas chegaram pouco depois das 11h local (7h, em Brasília) à sede da Charlie Hebdo e, em sua fuga, deram vários gritos de "Alá é o mais grande" e "vingamos o profeta", o que é considerado uma alusão à publicação pelo jornal de caricaturas de Maomé.

Sarkozy pede "medidas fortes contra o terrorismo"

O ex-presidente da França e líder do partido conservador UMP (União por um Movimento Popular), Nicolas Sarkozy, repudiou nesta quarta-feira (7) o atentado "selvagem" contra a revista satírica Charlie Hebdo e pediu "medidas fortes contra o terrorismo" ao governo, o que disse que "apoiará sem reservas".

"É um ataque direto, selvagem, a um dos princípios republicanos, a liberdade de expressão" e um "ato desprezível", disse da sede da UMP.

Sarkozy afirmou que "os culpados por esses atos de barbárie devem ser perseguidos e punidos com a mais extrema severidade", e ressaltou que, como a "democracia foi atacada, é preciso defendê-la com firmeza".

"A França foi atacada de novo pela barbárie terrorista. Não podemos ceder nem um pouco de terreno. Temos que continuar dizendo o que temos que dizer e viver como queremos", disse o presidente da UMP.

R7 com Efe 

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