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Julgamento terá câmeras, bloqueio e atiradores

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publicado em 22/01/2018 às 15h01
atualizado em 22/01/2018 às 12h03

O julgamento do recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no processo do triplex, que será realizado na quarta-feira (24) em Porto Alegre, terá reforço na segurança com atiradores de elite, cerca de 150 câmeras e bloqueio aéreo no perímetro de isolamento definido pelas autoridades no entorno do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), na área central da cidade.

Outras câmeras de segurança farão o monitoramento em três plataformas de observação elevada. Ao confirmar a presença de atiradores de elite, o secretário estadual de Segurança Pública, Cezar Schirmer, disse que prefere chamar os profissionais de “observadores”. Conforme a SSP, eles não estarão posicionados com armas.

O perímetro de segurança será isolado a partir das 17h de terça (23) e ainda não há horário definido para a liberação total do trecho. Nesta área, foi determinado também fechamento do espaço aéreo. Apenas aeronaves das forças de segurança poderão sobrevoar a região.

O anúncio foi feito na manhã desta segunda (22) pelos integrantes do Gabinete de Gestão Integrada (GGI), que reúne autoridades de trânsito e segurança como Brigada Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC).

No perímetro de segurança, só poderão entrar pessoas credenciadas. Todos terão de se identificar. As interdições serão delimitadas com gradil e efetivo de policiais – não foi divulgado o número total.

Alguns órgãos públicos situados na região não terão expediente a partir do meio-dia de terça (23) e na quarta (24). É o caso da Câmara Municipal, Receita Federal, Justiça Federal e Incra. A medida atende a um pedido da Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP). O atendimento será retomado normalmente na quinta-feira (25) pela manhã.

Também ficou estabelecida a limitação do trânsito de veículos na Avenida Evaldo de Pereira Paiva, entre a Rótula das Cuias e o Estádio Beira-Rio. O fluxo será direcionado para as avenidas Padre Cacique e Praia de Belas.

Na última sexta-feira (19), foi assinado um acordo que prevê que o Anfiteatro Pôr do Sol, às margens do Guaíba, seja a área destinada ao acampamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e demais apoiadores de Lula. Os manifestantes já ocupam o local. Por ali, será permitido acesso de ônibus e caminhões para estacionamento, embarque e desembarque de pessoas, e carga e descarga de material.

Não foi divulgado o custo da operação de segurança e o efetivo envolvido. Mas segundo o secretário Cezar Schirmer, o esquema contará com policiais militares, sendo que alguns foram deslocados do interior e do Litoral Norte para reforço, a pé, a cavalo e distribuídos em viaturas, além de helicópteros e atiradores de elite, que ficarão posicionados no topo dos prédios.

“Faz parte de qualquer processo de prevenção. O atirador de elite, na verdade, é um observador. Não vai lá para dar tiro, ele é um observador do espaço físico em partes mais altas. Se me permitir, vou trocar essa expressão de atirador de elite para observador”, explicou Schirmer. A SSP informou que os homens não estarão armados.

As autoridades acrescentaram ainda que, na cidade, existem em torno de 1 mil câmeras de segurança, sendo que na região monitorada para o julgamento há cerca de 150 equipamentos.

“A cidade vai funcionar normalmente. Nossa missão é preservar a ordem pública, e manter também o funcionamento do TRF-4. Trabalhamos com planejamento antes, durante e após o evento”, disse o comandante da Brigada Militar, coronel Andreis Silvio Dal’Lago.

A Polícia Rodoviário Federal (PRF) será responsável pela manutenção da ordem na malha viária federal. Os agentes da corporação também reforçarão, com efetivo de suas unidades especiais, a segurança nos prédios públicos federais próximos. O transporte dos desembargadores ao Tribunal também estará a cargo da corporação.

G1

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