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Processo judicial

Ex-esposa não consegue casa de Nelson Mandela

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publicado em 19/01/2018 às 14h48
atualizado em 19/01/2018 às 11h49
A ex-mulher de Nelson Mandela, Winnie (esq.), e sua filha Zindzi durante funeral do líder em 2013 em Soweto (Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters)

O Supremo Tribunal de Apelações da África do Sul arquivou nesta sexta-feira (19) um processo movido por Winnie Madikizela-Mandela, ex-esposa de Nelson Mandela, e que queria assumir a casa familiar do Prêmio Nobel da Paz.

Nelson Mandela, líder da luta contra o apartheid, passou 27 anos nas prisões do regime racista antes de se tornar o primeiro presidente negro do país em 1994.

Em seu testamento, onde não cita Winnie Madikizela-Mandela, Nelson Mandela, morto em 2013, pediu que sua casa em Qunu (leste) fosse “usada por toda a vida por sua família, para preservar a unidade do clã Mandela”.

Winnie Madikizela-Mandela afirma que a casa pertencia a ela, de acordo com a jurisprudência local, já que era ela que a comprou em seu nome em 1989, quando Nelson Mandela estava preso e o casal ainda estava casado.

“Uma pessoa razoável (…) teria reivindicado o direito de propriedade antes da morte de Mandela. Esperar por ele morrer é extremamente prejudicial para (…) seus herdeiros, já que sua versão dos eventos não é plausível”, considerou o juiz Jeremiah Shongwe.

Após a sua libertação da prisão, Mandela foi recebido como herói por sua esposa Winnie e por milhares de seus apoiantes.

Os excessos desta mulher de forte caráter, de discurso violento, rapidamente a afastaram de seu marido. O casal, casado em 1956, se divorciou em 1996.

Nelson Mandela legou seus bens à sua última esposa Graça Machel, seus filhos e netos, bem como colaboradores, escolas e seu partido, o Congresso Nacional Africano (ANC). Ele não deixou nada para Winnie.

G1

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