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Há dois anos

PB não tem ação contra exploração infantil

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publicado em 14/01/2018 às 15h39
atualizado em 15/01/2018 às 06h32
Imagem ilustrativa

A exploração sexual infantil é uma triste realidade no país. A Paraíba não sai ilesa e registra casos durante todo o ano, com agravamento no verão, por conta do maior fluxo de pessoas. Apesar da situação, a última operação de combate à exploração na Paraíba aconteceu há dois anos, segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT).

De acordo com o procurador do trabalho, Eduardo Varandas, atualmente existe uma falta de recursos e políticas públicas para que a fiscalização seja mais ativa, e as ações aconteçam com mais frequência.

Ao Portal MaisPB, o procurador afirma que já fez a solicitação para que as ações aconteçam, mas que não houve retorno. “Temos uma questão de crise econômica, corte de verbas e descaso do Governo”, explicou.

Os motivos que levam crianças e adolescentes ao caminho da exploração na maioria das vezes são a condição social e miséria enfrentada. De acordo com Varandas, no interior isso é ainda mais comum.

“Muitas vezes é uma família desregrada, abaixo da linha da pobreza. Não há psicólogo, nem assistente social. Acontece de os pais saberem, mas fazerem vista grossa porque o dinheiro trazido é considerado útil. Não procuram saber de onde vem o dinheiro e as crianças ficam na rua para sobreviver”, relatou.

Exploração através do Turismo

Durante o verão, a Paraíba recebe turistas do Brasil e do mundo. Apesar do momento ser benéfico para a economia, é também preocupante devido ao aumento da exploração.

“Não é que o Turismo seja ruim, mas é um dos meios utilizados pela exploração sexual para atingir crianças e adolescentes. O que existe é exploração sexual através do Turismo”, pontuou.

Em cidades que não são turísticas, há o aumento gradual, que para o procurador, é consequência do corte de gastos e da falta de ações intensivas. Durante as fiscalizações, as equipes atuam em bordeis e na orla de João Pessoa.

Operação

Caso consiga o apoio da Segurança do Estado, Eduardo garante que a operação pode acontecer o mais rápido possível.  Segundo o procurador, vai ser agendada uma reunião com o secretário de Segurança Pública do Estado para expor os problemas e solicitar um grupo de policiais.

De acordo com o secretário de Estado da Segurança e Defesa Social, Cláudio Lima,  nenhuma ação para combater a exploração sexual infantil está programada. Ao Portal MaisPB ele informou que na próxima semana irá se reunir com o procurador-geral de Justiça, Francisco Seráphico, e ações para proteger a infância estarão na pauta. Além disso, ele afirmou que o assunto também será discutido com a Vara da Infância e Juventude.

MaisPB

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