João Pessoa, 15 de dezembro de 2017 | --ºC / --ºC Dólar - Euro

ÚltimaHora

Odilon Fernandes – advogado, escritor, professor e procurador federal aposentado.

Previdência, Reforma e Privilégios

Comentários: 0
publicado em 15/12/2017 às 16h42

A exaltação que se faz quanto a necessidade da Reforma Previdenciária padece de credibilidade posto que enfoca, como ponto crítico a necessidade de redução de salários no serviço público, mas, nada se diz sobre a necessidade prioritária de acabar com privilégios absurdos como abusivo uso de jatinhos, escandalosas verbas de gabinetes, fraudes como presentes de “jetons” abusivos em conselhos, distribuições ridículas de carros oficiais, estratosféricos números de assessores, auxilio moradia, auxilio palitó, auxilio educação, a cômica propaganda eleitoral gratuita, de gráficas públicas, passagens aéreas, graciosas viagens ao exterior, despesas ilimitadas com a saúde, festivais de diárias e verbas para restaurantes, férias e recessos que chegam a perfazer 90 e até 150 dias de folga por ano como há em algumas categorias de elite, corrompendo os preceitos e garantias estabelecidas na Constituição de 1988, pertinentes a Administração Pública, principalmente ao princípio da publicidade, aos que padecem de falta de instrução, mentindo-se sobre quadro real da situação quando se omitem sobre ausência do recolhimento da contribuição patronal do Estado, enfatizando-se que o salários públicos são milionários sem que, se esclareça as diametrais diferenças entre a média salarial, entre os poderes e da verdade de que os funcionários públicos admitidos, e enquadrados com rigorosíssimos concursos e seleções em que são aprovados, os melhores crânios do país, fazem jus aos salários que percebem, diferenças essas Injustificáveis fala-se que o setor publico paga mais que o setor privado quando na realidade os mais experientes e qualificados do setor privado ganham muito melhor do que é pago pelo Estado em funções com responsabilidade muito maiores do que os seus paradigmas da iniciativa privada.

Inadmissível que parlamentares, magistrados procuradores e promotores, conselheiros e outras categorias mesmo com condenações, afastamentos continue percebendo salários, aposentadorias, após comprovada a improbidade e outros delitos como a aposentadoria que é concedida a parlamentares após dois mandatos e outros servidores afastados compulsoriamente do serviço público e continuam recebendo salários proporcionais.

Na verdade falta simplesmente cumprir-se a constituição, igualdade e o princípio da moralidade bem como o princípio da transparência e seguir o exemplo dos países mais respeitados.

Outra verdade omitida é que praticamente em todos os países do mundo  os servidores públicos devido as suas altas responsabilidades fazem jus a salários melhores, também pela sua qualificação do que da iniciativa privada.

O Ministro do Supremo, quaisquer outros Ministros e dezenas de outras categorias têm a coragem de dizer que não ganham muito, o abominável são os penduricalhos, fraudes, casuísmos para ludibriar a lei e enganar o pobre povo brasileiro.

As aberrações dos excessos, das desigualdades de tratamentos acima elencadas é que deveriam ser os primeiros itens a serem combatidos e eliminados pelo Governo. Não se conheceem outros países, tantos exageros em benesses concedidas de forma criminosa como as que são concedidas no Brasil.

É incompreensível que Ministros e outros não possam viajar em vôos comerciais e em classes econômicas para os fins de semanas em seus domicílios, feriados, para cuidarem de interesse particulares e até mesmo a lazer. Tudo isto deve ser revisto, explicado e sofrer imediatas e prioritárias alterações e serem objetos de interpelações, e ostensivamente pela imprensa, para quenão se pareça não ser tão livre como decantado.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

Leia Também