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Padre do interior de SP usa tirolesa para iniciar missa

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publicado em 12/12/2017 às 12h16

A missa de 13 de novembro celebrada pelo monsenhor Augusto Alves Ferreira, de Espírito Santo do Pinhal, no interior paulista, foi diferente das outras. A principal novidade não foi no sermão, mas na aparição do padre, de 70 anos: ele entrou na igreja pendurado por uma corda e percorreu 30 metros até o altar. Após imagens da aventura circularem nas redes sociais, Ferreira já se tornou o “padre da tirolesa”.

De batina, sem sapatos e com uma imagem de Nossa Senhora da Rosa Mística nas mãos, ele enfrentou o desafio a 12 metros de altura. E a criatividade não termina ali. “Estamos pensando em uma coisa mais radical, mas não posso falar para não estragar a surpresa”, disse o monsenhor, título eclesiástico que era dado pelo papa a sacerdotes que se destacam nos serviços da Igreja. “Tanto faz padre ou monsenhor”, disse. “O fato é que na última missa demos 1.500 comunhões”, afirmou o sacerdote diocesano.

Ele faz questão de dizer que não fez nada sozinho nem de improviso. “A ideia foi da equipe que ajuda a paróquia. Fazemos as celebrações da Rosa Mística (título atribuído à Virgem Maria) há 30 anos e sempre gostamos de fazer uma entrada diferente nas missas.”

O monsenhor conta que, quando jovem, praticava esportes, como salto a distância e salto em altura. Quando alguém sugeriu a tirolesa, o padre topou. “Conversamos com os bombeiros daqui e eles sugeriram pedir ajuda ao Bombeiros de Mogi-Guaçu, que têm experiência nisso. Eles vieram quatro semanas e, com a igreja fechada, montaram a estrutura. No domingo à noite, deixamos tudo pronto.”

Com ajuda dos bombeiros, o padre usou a estrutura nas três missas. “Descendo pela tirolesa com a imagem de 1,10 metro nas mãos, acho que passamos uma mensagem da confiança que temos em Nossa Senhora. Certamente, quem viu pensou: ‘se o padre de 70 anos tem essa confiança na Rosa Mística, nós também devemos confiar'”, disse. Toda a operação foi feita com a aprovação da Diocese de São João da Boa Vista, à qual sua paróquia é subordinada.

Ferreira, que completou 45 anos de sacerdócio em 2017, é conhecido na região por missas animadas. O coroinha Matheus Di Stefani, que atua na paróquia, conta que não é a primeira vez que ele inova. Em anos anteriores, às vésperas do dia de Nossa Senhora Aparecida, em 12 de outubro, a imagem da padroeira do Brasil foi conduzida à igreja em um carro de corrida.

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