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Disputa faz Alcantil ver sessão na calçada

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publicado em 22/10/2017 às 16h31
atualizado em 23/10/2017 às 03h25
Sessão da Câmara Municipal de Alcantil, ainda com o falecido presidente, José Milton, ao centro.

A cidade de Alcantil tem visto uma disputa acontecer na calçada nos últimos dias. Tudo começou com a morte do presidente da Câmara de Vereadores da cidade, José Milton de Almeida (PSB). O presidente foi encontrado morto dentro de sua residência, provavelmente vítima de um infarto. A partir daí oposição e situação começaram a travar um briga pelo cargo vago.

A morte de José Milton também favoreceu para a chegada do suplente de vereador, William Henrique (PSD) ao legislativo.

Segundo informações da rádio local, no último dia 13 de outubro William se dirigiu a Câmara de Vereadores para tomar posse de seu mandato, o inusitado foi que, no momento em que deveria ter sido iniciada a sessão ordinária que o empossaria e escolheria o novo presidente da Casa, o recinto estava fechado.

Entretanto, os cinco vereadores presentes, da oposição à administração municipal, realizaram a sessão ali mesmo na calçada da Casa José Silvino Barbosa. O novo vereador foi empossado e ainda eleito, por todos os vereadores presentes, que representam a maioria absoluta, presidente da nova mesa diretora para o complemento do biênio 2016-17.

Na sexta-feira (20) os vereadores de oposição continuaram encontrando as portas da Câmara fechadas, desta vez sessão ordinária foi suspensa, não pelo novo presidente, mas pelo vice-previdente da mesa anterior Edvaldo Amaro (PT) sob a alegação de que a suspensão se deu em razão da necessidade de apurar os atos praticados pelos vereadores oposicionistas, anexando denúncia apresentada ao Tribunal Contas do Estado. Amaro justifica que ele deveria ter assumido a presidência na vacância de José Milton.

Diante disso, o novo presidente, William Henrique realizou mais uma sessão na calçada da Casa Legislativa, com a presença dos cinco vereadores oposicionistas, destacando em ata a dificuldade em promover maiores trabalhos devido a impossibilidade de acesso as instalações do prédio da Câmara de Vereadores e convocando nova sessão ordinária para o dia 03 de novembro.

O fato é que, com a posse de William, o cenário político na Câmara de Vereadores mudou, levando a bancada de oposição até então com 4 integrantes, passar para 5 e agora ser a maioria, o que gerou certa contrariedade na bancada de situação.

A situação

A situação reclama que os vereadores se reuniram na casa do ex-prefeito, oposição à administração municipal, e tramaram a reviravolta. Chamaram um suplente, deram posse e o elegeram presidente, sem nem ele ter sido convocado oficialmente. Ainda afirmam que pelo regimento interno da Câmara e segundo o Artigo 20 da Lei Orgânica do município, com a morte do presidente da Mesa, quem assume interinamente e o vice Presidente.

“Eles atropelaram o regimento interno, fizeram uma Ata, a registraram e sairam protocolando em todos os órgãos públicos, inclusive no Tribunal de Contas, se passando por uma coisa que ainda não eram. Eles falsificaram um documento público isso e crime! Eram para terem obedecido o Regimento Interno e seguido todos os trâmites. Não tinha necessidade disso, eles já tinham a maioria, era só espera, mas, infelizmente, o poder virou a cabeça do suplente que nem tinha sido convocado ainda. Ele já se fez passar por presidente nas instalações do BB e do Tribunal de Contas”, informou uma fonte em contato com o MaisPB.

O vice-presidente interino, Edvaldo Amaro, mais conhecido como Dal, já entrou com medida cautelar para suspender a decisão dos vereadores da oposição no Tribunal de Contas. Ele quer que as sessões fiquem suspensas até que se resolva o impasse. Vale a ressalva, desde a morte do presidente da Câmara não há sessão ordinária na Câmara de Alcantil.

Atual presidente, Edvaldo Amaro, segundo a situação.

Confira o documento abaixo:

Paulo Dantas – MaisPB

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