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luta dos enfermeiros

Sandra Marrocos vê cassação de direitos

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publicado em 18/10/2017 às 12h13
atualizado em 18/10/2017 às 10h50
Sandra Marrocos, vereadora do PSB

A vereadora Sandra Marrocos (PSB) apontou, nesta quarta-feira (18), um momento no Brasil onde os direitos adquiridos estão sendo ameaçados. Marrocos citou para embasar sua argumentação a votação de ontem que resistiu o mandato a Aécio Neves e o movimento nacional feitos pelos enfermeiros.

“Ontem a gente vivenciou um processo junto com os enfermeiros e enfermeiras, uma liminar concedida pelo juiz, solicitada pelo Conselho de Medicina Nacional, querendo interferir no fazer profissional dos enfermeiros, das enfermeiras, inclusive um direito adquirido há mais de 30 anos”, pontuou.

Para a vereadora, a mudança vai dificultar a vida das mulheres nas unidades de saúde em exames como o citológico. “É preciso tirar o véu da hipocrisia, existe uma epidemia de sífilis, de DST, de doença sexualmente transmissível. Ninguém fala em preservativo. O que fala é na hipocrisia.  Eu faço um link com o favorecimento a uma pessoa como Aécio Neves que há indícios em operações que não são interessantes e ontem, no Senado Federal, com aval de todos os senadores da Paraíba. Mas eu tenho certeza que o povo está muito atento, esse ano que vem é um ano de escolha dentro da democracia representativa e infelizmente bate em relação a essa questão que eu estava linkando com a enfermagem, esse quadro conjuntural ele coloca o terreno fértil para cassação de direitos historicamente adquiridos e para a corrupção”, acredita.

Marrocos explicou que ontem participou do ato onde junto com o vereador Marcos Henriques (PT) e também já se comprometeu com a categoria dos enfermeiros para fazer uma audiência pública na Casa de Napoleão Laurenao. “Eu estou triste, mas vou encerrar dizendo que requer coragem e coragem é o que nunca me faltou, e como dizia a minha companheira Margarida Maria Alves, medo até a gente tem, mas a gente não usa de jeito nenhum”.

A decisão da Justiça Federal proíbe aos enfermeiros de requisitar exames na atenção básica. Ontem os profissionais e estudantes e e professores mobilizaram vestindo roupas pretas em todo o país.

A decisão, foi assinada no dia 27 de setembro pelo juiz Renato Borelli, atende a um pedido do Conselho Federal de Medicina (CFM). A entidade alega que o objetivo é preservar as atribuições privativas dos médicos e garantir que pacientes não sejam colocados em risco. Por sua vez, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) critica a atitude e vê nela uma tentativa de reserva de mercado que trará prejuízos para o atendimento à população. Segundo a entidade, nem sempre as equipes de saúde estão completas, principalmente em cidades mais pobres, nas quais enfermeiros são fundamentais.

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Paulo Dantas – MaisPB

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