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Concursos federais só devem voltar em 2019

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publicado em 24/09/2017 às 11h55
atualizado em 24/09/2017 às 12h25

Novos concursos públicos para vagas no Executivo Federal devem voltar a ser autorizados pelo governo somente a partir de 2019, afirmou o assessor especial do Ministério do Planejamento, Arnaldo Lima Junior.

Suspensos desde 2016 devido ao agravamento da crise econômica, os concursos serão necessários para preencher vagas que serão abertas com a aposentadoria de servidores,segundo o assessor

Números do governo mostram que, até 2027, quase 40% dos servidores públicos do Executivo Federal, cerca de 216 mil trabalhadores, devem se aposentar.

“O objetivo é manter a força de trabalho em um quantitativo próximo ano atual. Então, não há dúvida que vai ter uma retomada de contratação nos próximos anos (…) Acho que em 2019 já é um cenário melhor [para concursos]”, afirmou Lima Junior.

Em abril deste ano (informação mais recente), o Executivo Federal tinha 558 mil servidores ( o número não considera os trabalhadores do Banco Central, que não estão contabilizados no Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos, o Siape).

Com os servidores do BC, o número sobe para 585 mil pessoas (posição de abril). Se forem incluídos os chamados “cargos comissionados”, a força de trabalho é um pouco maior: 635 mil servidores, segundo dados oficiais.

A suspensão anunciada pelo governo em 2016 atingiu apenas novos concursos, que ainda não haviam sido autorizados.

Porém, alguns concursos que já estavam autorizados na época do anúncio foram realizados. Além disso, o governo também continuou a nomear ao menos uma parte dos aprovados.

A proposta de orçamento para o ano de 2018, já encaminhada ao Legislativo, não traz a previsão de novos concursos públicos por conta das restrições impostas por rombos bilionários nas contas públicas ,  ocorridas nos últimos anos e também estão previstas para os próximos.

Além disso, Arnaldo Lima lembrou que existem limitações impostas pela lei, tendo em vista que 2018 é um ano eleitoral. As contratações não podem acontecer três meses antes do pleito eleitoral, marcado para o início de outubro do próximo ano.

Com a previsão de retomada dos concursos públicos a partir de 2019, ele recomendou que os “concurseiros” não “tirem o pé” e mantenham os estudos.

“Concurso público é difícil. Tem que manter focado. A gente sempre acha que nessa área de atendimento ao público direto, INSS, acho que seja uma das grandes desafios, e as universidades também (devem ter reposições de vagas). Todas as áreas vão voltar a ter concursos (de 2019 em diante)”, concluiu.

G1

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