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MEL vê retrocesso em liberação da ‘cura gay’

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publicado em 19/09/2017 às 10h41
atualizado em 19/09/2017 às 08h59
Luciano Vieira, coordenador do MEL (Foto: Bruno Lira)

“Nos entristece essa decisão porque revela que parte da sociedade ainda tem pensamentos sombrios, mas ao mesmo tempo nos dá forças para lutar ainda mais”. É dessa forma que Luciano Vieira, coordenador do Movimento do Espírito Lilás da Paraíba (MEL) comenta decisão judicial que liberou tratamento psicológico para “cura gay”.

Em entrevista ao Portal MaisPB nesta terça-feira (19), o militante LGBT considerou a decisão do juiz federal Waldemar Cláudio de Carvalho, da 14ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal, um “grande absurdo” e sinal de retrocesso.

“A primeira grande luta do movimento LGBT foi retirar do antigo INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social) essa caracterização da homossexualidade quanto doença. Logo após, a própria Organização Mundial da Saúde teve o mesmo posicionamento. Ele está na contramão da ciência e não há nada que corrobore com essa decisão”, pontuou.

Luciano ressalta que o Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais. “Essa decisão está dentro de um conjunto de reação dos setores conservadores contra avanços do nosso movimento. Estão reagindo da pior maneira possível”, avaliou.

Ele ressalta que haverá uma resposta dos movimentos à decisão. “As pessoas nos cobram uma reação”, arrematou.

Confira a entrevista:
MaisPB

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