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Condenação

Empresário transmite estupro dos filhos pela web

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publicado em 15/09/2017 às 14h15
atualizado em 15/09/2017 às 11h20

Um empresário foi condenado a 57 anos de reclusão pelos crimes de pedofilia e por estuprar os dois filhos, um menino de dez anos e uma menina de um ano e meio, em Santos, no litoral de São Paulo.

Ele vivia com a esposa e as crianças em uma creche e realizava transporte de materiais em pequenos carretos.

As investigações do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal apontaram que o homem estuprou os próprios filhos e gravou os atos, que foram compartilhados e transmitidos na internet por meio de programas de conversa. Durante diligências, imagens e vídeos foram apreendidos e os arquivos utilizados como provas.

Em uma das conversas mantidas com terceiros na internet, ele gravou o filho mais velho com a webcam. O objetivo era que outros homens vissem as partes íntimas da criança. Além disso, ele tirou e compartilhou as fotos,produzindo vídeos aproveitando-se da condição de pai.

O juiz federal Roberto Lemos dos Santos Filho, da 5ª Vara Federal de Santos, classificou como “repulsivas e abjetas” as imagens compartilhadas . A pena foi aumentada depois que comprovado que as vítimas de estupro eram os filhos do acusado, agora condenado.

A defesa ainda tentou alegar que o microempresário sofre de insanidade. Entretanto, laudos indicaram a inexistência de qualquer distúrbio, ou dependência de álcool ou drogas.

As investigações foram iniciadas em 2015, quando ele foi preso preventivamente. “As ações foram perpetradas com o fim de satisfazer sua lascívia, e por certo acarretarão sérios comprometimentos e prejuízos à formação dos seus filhos”, estabeleceu o juiz Roberto Lemos na sentença, proferida na última semana.

O microempresário vivia no bairro Embaré e morava junto com a esposa e os filhos em uma creche mantida pela Paróquia Santo Antônio do Embaré. Ele era conhecido na região por realizar serviços de transporte de materiais, cujo nome da prestadora de serviços era “Carreto do Padre”.

Segundo informações da Igreja, a família morava no local porque a mulher dele era responsável pela faxina do prédio. O condenado não tinha qualquer vínculo empregatício com a paróquia. As investigações não apontaram eventuais vítimas entre as outras crianças da creche ou que moravam nas proximidades.

G1

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