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Campanha de vacinação ocorrerá em todo o país

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publicado em 13/09/2017 às 17h11
atualizado em 13/09/2017 às 14h12

No próximo sábado (16) será realizado o Dia D da Campanha Nacional de Multivacinação, quando postos de saúde estarão abertos em todo o país.

Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 47 milhões de crianças e adolescentes menores de 15 anos estão convocados para comparecer aos postos e atualizar a caderneta de vacinação.

Com o slogan “Todo mundo unido fica mais protegido”, a campanha começou no dia 11 de setembro e segue até o dia 22 de setembro em cerca de 36 mil postos fixos de vacinação. Ao todo, 350 mil profissionais participam da ação. De acordo com o ministério, de janeiro a agosto deste ano, foram enviadas a todas as unidades da Federação 143,9 milhões de doses de vacinas de rotina. Para a campanha, foram enviadas 14,8 milhões de doses extras.

A meta é resgatar todas as crianças e adolescentes não vacinados e, com isso, iniciar ou completar os esquemas de imunização. Segundo o ministério, 53% não estão com a vacinação em dia.

Em 2016, o Brasil registrou a menor cobertura vacinal dos últimos 10 anos, segundo a coordenadora-geral do Programa Nacional de Imunizações, Carla Domingues. “Não podemos dizer que temos uma tendência, mas é preocupante e por isso queremos reverter essa situação. O objetivo da campanha é resgatar os não vacinados para que esse dado de 2016 não se repita em 2017”, destacou.

Segundo o Ministério da Saúde, por exemplo, 760 mil crianças não receberam a vacina BCG, que protege contra formas graves de tuberculose.

O Ministério alerta que muitas doenças que foram erradicadas no Brasil ou mesmo controladas ainda não estão eliminadas e podem representar risco para não vacinados. De acordo com o órgão, o fluxo de turismo e comércio no mundo globalizado facilita a circulação de doenças entre os países.

Em 2017, foram registradas mortes por sarampo em países como Alemanha, Portugal, Itália, França, Bulgária e Romênia. Na Venezuela também houve casos de sarampo e mortes por difteria.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, contou que o ministério ainda vai eleger um Dia D de vacinação nas escolas durante a campanha. A data ainda vai ser definida com o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). “Isso será um grande avanço para o nosso compromisso de ampliar a cobertura vacinal, quando pretendemos atualizar o maior número de cadernetas possível”, disse Barros.

Para o ministro, é preciso esclarecer as famílias de que a vacinação é a melhor maneira de prevenir doenças.

Segundo ele, a vacinação é um direito individual da criança e será ofertada pelo Estado, mas se a família não desejar que seu filho seja vacinado, deve se manifestar por escrito. “Por isso é importante a parceria com a escola. Na unidade de saúde, a família leva ou não a criança, e na escola, a vacina vai até a criança e a cobertura vai ser muito mais ampla”, explicou.

Em 2017, o Ministério da Saúde fez alterações no esquema vacinal e, por isso, orienta os pais a irem aos postos de saúde para checar a caderneta de vacinação. Houve alteração nas vacinas meningocócica C, pneumocócica 10 valente, Papiloma Vírus Humano (HPV), febre amarela e dTpa.

A febre amarela também mudou de duas para apenas uma dose para todas as faixas etárias.

A vacinação contra o HPV, para crianças e adolescentes, passou de três para duas doses, com intervalo de seis meses entre elas, para meninas saudáveis de 9 a 14 anos.  Houve ainda a inclusão de meninos de 11 a 14 anos no calendário de vacinação contra o HPV.

Para as adolescentes gestantes também está disponível uma dose da vacina dTpa, a partir da vigésima semana de gestação.

As informações sobre a Campanha Nacional de Multivacinação 2017 estão disponíveis na página do Ministério da Saúde.

Agência Brasil

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