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Julgamento

Collor vira réu na Operação Lava Jato

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publicado em 22/08/2017 às 17h12
atualizado em 22/08/2017 às 14h26

O Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou, nesta terça-feira (15) uma denúncia e tornou o senador Fernando Collor de Mello (PTC-AL) réu na Operação Lava Jato. Ele é acusado dos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e comando de organização criminosa.

O senador foi acusado de receber mais de R$ 30 milhões em propina por negócios da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras na venda de combustíveis, e agora passa oficialmente a responder ao processo para ser condenado ou absolvido.

A decisão do STF não significa que o acusados seja culpado, mas que o tribunal vê indícios de delitos.

Por unanimidade, os ministros da Segunda Turma acompanharam o voto do relator do caso, Edson Fachin. Votaram com ele, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello.

Apesar do acolhimento da denúncia, os ministros descartaram várias acusações feitas contra Collor no processo, como de desvio de dinheiro público e obstrução de Justiça.

Além disso, a denúncia contra a mulher de Collor, Caroline Serejo Medeiros Collor de Mello, foi descartada. Ela era suspeita de lavagem de dinheiro obtido por propina.

Junto com Collor, responderão como réus na ação Pedro Paulo Bergamaschi , ex-ministro do governo Collor e considerado operador de Collor em diversos negócios; e Luís Pereira Duarte de Amorim, diretor da Gazeta de Alagoas, apontado como testa de ferro e recebedor de propina para o ex-presidente.

No decorrer do processo, as defesas poderão apresentar provas de inocência, com depoimentos de testemunhas e contestações jurídicas.

A denúncia contra o senador foi apresentada em agosto de 2015 pela Procuradoria Geral da República (PGR). Ela origina-se de uma das seis investigações sobre ele abertas no STF, sendo cinco da Lava Jato e outra baseada na delação da Odebrecht, sem vínculo com a Petrobras.

Atualmente, ele é o terceiro senador réu na Lava Jato. Já possuem esta condição, Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Valdir Raupp (PMDB-RO).

G1

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