Exemplos dentro do ônibus

Muito repercutiu a atitude da cidadã, passageira de uma das linhas dos ônibus do bairro Valentina Figueiredo, nesta capital, por haver, de uma forma tanto honesta quanto de criativa responsabilidade, devolvido nada menos do que R$ 600 achados dentro do veículo no qual embarcara no bairro do Geisel.

A cidadã tem por nome Silviane Cunha e é comerciária. Como uma das reportagens bem assinalou, ela pegara o ônibus ao início da tarde, “como se fosse mais uma tarde tão comum quanto às demais”. Sentara em um dos assentos, mas, logo adiante, tendo em vista que uma outra passageira, ao desembarcar, deixara vazio um outro assento, este no “lado sombra”, diferente daquele em que ela estava, exposto ao sol, ocupou o lugar. E de imediato percebeu que nelese encontrava uma espécie de pacote com os R$ 600 e uma fatura.

Não tendo como localizar quem perdera aquela encomenda e mesmo recebendo sugestões tipo “jogue fora a fatura e fique com o dinheiro”, Silviane Cunha tomou a iniciativa de pagar tal fatura e noticiar aquele fato através das redes sociais, resultando no encontro e emocionado agradecimento com quem já havia chorado por aquela perda, uma outra comerciária de nome Claudinéia. Em sua declaração na reportagem, Silviane Cunha bem enfatizou: “Só fiz o justo… só fiz o que devia ser feito como cidadã e cristã”. Que belo exemplo, raro, que deveria ser regra.

Mas, na reportagem televisiva, óbvio que sem o pretender, ficou um outro exemplo: o de que são vários os horários em que os ônibus circulam com bem poucos passageiros, sem a lotação geralmente destacada nos horários de pico. Note-se que Silviane até mudara de assento… e no ônibus em que houve a ilustração do caso, neste, sim, o ônibus estava praticamente vazio!

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