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Governo admite adiar reajuste dos servidores

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publicado em 26/07/2017 às 17h22
atualizado em 26/07/2017 às 16h03

A secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, admitiu nesta quarta-feira (26) que o governo pode adiar o reajuste dos servidores públicos que já foi acordado para o ano de 2018.

Vescovi informou que se discute o adiamento “em algums meses”, mas não informou quantos. Segundo o jornalista Valdo Cruz, da GloboNews, o governo estuda adiar por seis meses a entrada em vigor do reajuste, de janeiro para julho de 2018.

Se adotada, a medida pode fazer os gastos com o reajuste cair de cerca de R$ 22 bilhões para R$ 11 bilhões no ano que vem.

A proposta vem em um momento em que o governo enfrenta dificuldades para fechar suas contas. A arrecadação está abaixo da esperada, reflexo da crise econômica, e os gastos do governo estão crescendo.

Com o orçamento apertado, o governo já anunciou corte de despesas, aumento dos tributos sobre combustíveis (suspenso pela Justiça) e vem enfrentando dificuldades para manter o funcionamento de alguns serviços.

O objetivo da equipe econômica, com a possibilidade de adiar o reajuste dos servidores públicos é diminuir os gastos com a folha de pagamentos.

A secretária do Tesouro Nacional explicou que está se referindo ao reajuste aprovado no último ano, que foi escalonado em quatro anos. A etapa desse ano já foi concedida para os servidores públicos, mas a do próximo ano pode ser atrasada.

“O que pode se discutir, está se discutindo, é a postergação de um reajuste aprovado em lei. Uma prorrogação em alguns meses, em algum período”, disse a secretária do Tesouro.

PDV e jornada reduzida

Nesta semana, o governo informou que deve editar uma medida provisória para criar um programa de demissão voluntária (PDV) para os servidores públicos do Poder Executivo. A adesão começará neste ano, mas o desligamento será feito somente a partir de 2018.

G1

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