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APES denuncia agressão no ato das Diretas Já

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publicado em 22/07/2017 às 11h36
atualizado em 22/07/2017 às 14h48

A Associação Paraibana dos Estudantes Secundaristas (APES) emitiu uma nota de repúdio na manhã deste sábado (22) denunciando suposta agressão contra integrantes da entidade durante o ato das Diretas Já, ontem em João Pessoa.

A APES diz que a agressão teria partido de servidores do Governo do Estado por conta de uma manifestação contrária a contratação de Organizações Sociais para gerir a rede estadual de ensino.

De acordo com a associação, um grupo estava com faixas contrárias a decisão do Governo, durante o Ato Diretas Já, quando dois comissionados do Estado pisaram sobre uma faixa do manifesto.

Em seguida, eles teriam agredido os manifestantes, com soco no estômago e na cabeça, além de insultos homofóbicos.

Confira a nota:

A Associação Paraibana dos Estudantes Secundaristas (APES) vem a público denunciar as agressões promovidas por agentes do Governo do Estado da Paraíba no ato pelas “Diretas Já!” neste último dia 21 de julho, no Ponto de Cem Réis, em João Pessoa.

Durante do ato, realizado com grande êxito por uma ampla frente política, a APES promoveu intervenções em repúdio ao processo de terceirização, via Organizações Sociais (OSs), que o Governo da Paraíba tenta impor às escolas do Estado. O momento de fala dos oradores no palco foi respeitado em todos os momentos, e assim também seria na fala do governador Ricardo Coutinho, último inscrito na ocasião.

Porém, incomodados com as críticas, os funcionários comissionados do Governo Saulo Lima (Secretaria de Educação) e Alexandre Macedo (Jornal A União) pisaram sobre a faixa confeccionada pela APES com os dizeres “Não à privatização da Educação! Fora OSs!”, tentando ainda rasgá-la. Apesar das tentativas de explicar que o protesto só se daria após a intervenção do governador, os mesmos partiram para a agressão, empurrando os estudantes que empunhavam a faixa.

Neste momento, a estudante da rede federal de ensino Lívia Miranda levou um soco no estômago; o estudante da rede estadual Vinícius Almeida foi empurrado bruscamente e xingado com expressões homofóbicas; e o também estudante da rede estadual Jonas Carvalho (secretário-geral da APES) foi atacado na cabeça e nas costas com o mastro de uma bandeira.

Responsabilizamos estes dois senhores por toda a confusão criada e cobramos uma postura punitiva a estes dois funcionários do Governo do Estado, que, de forma tão truculenta e desesperada tentaram impedir que o governador escutasse a posição contrária à sua política de terceirização na Educação Estadual.

O governador, aliás, teve que ouvir durante sua fala de cerca de 10 minutos as palavras de ordem dos estudantes revoltados contra sua ação privatista e contra a violência de seus funcionários comissionados ao movimento estudantil.

Vale ressaltar que a APES tentava, há três meses, sem sucesso, uma audiência com o secretário estadual de Educação Aléssio Trindade para debater inúmeros problemas enfrentados pelas escolas estaduais da Capital. Para garantir uma conversa com o secretário, agendada para a próxima terça-feira, dia 25/07, a entidade teve que organizar uma ocupação no prédio da Secretaria, no Centro Administrativo do Estado, durante quase seis horas, no dia 18 deste mês, ocasião em que ocorria a entrega formal das propostas das Organizações Sociais para gerir os mais diversos setores das escolas públicas da Paraíba, um negócio altamente lucrativo.

Não calarão a voz da APES! Não impedirão nossa luta em defesa de uma educação pública, gratuita e de qualidade! Educação não é mercadoria!

MaisPB

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