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Na Cracolândia

Guardas-civis tentam barrar distribuição de sopa

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publicado em 21/07/2017 às 17h58

Guarda-Civis Metropolitanos (GCM) foram acusados de tentar impedir, na noite desta quinta-feira, a distribuição de sopa quente para moradores de rua e dependentes químicos da Cracolândia,no centro da cidade de São Paulo. A denúncia foi feita pelo padre da Pastoral Povo de Rua, Júlio Lancelotti.O incidente ocorreu por volta das 22h.

“O grupo Mensagem de Paz está oferecendo sopa quente, água e acolhida na Cracolândia e estão sendo pressionados e impedidos pela GCM”, afirma o padre em manifesto no Facebook. Lancelotti entrou em contato com o Secretário de Segurança Urbana da Prefeitura, coronel José Roberto Rodrigues, para resolver a situação.

O secretário confirmou ter recebido o telefonema do padre e afirmou ter entrado em contato com o inspetor responsável pelo trabalho da Guarda Civil na região para liberar a entrega das refeições.

A Assessoria de Imprensa da Prefeitura manifestou-se sobre o ocorrido dizendo que “O episódio envolvendo a GCM na noite passada, além de o secretário de Segurança Urbana, José Roberto de Oliveira, ter autorizado de imediato a distribuição de alimentos, o prefeito João Doria determinou às secretarias envolvidas a revisão de toda a regulamentação municipal a respeito da distribuição gratuita de alimentos manipulados na cidade. O prefeito determinou ainda que não sejam impostas restrições à doação de alimentos a pessoas em situação de rua ou dependentes químicos.”

“Falei com o inspetor que estava lá para deixar distribuir. O padre me ligou dizendo que o pessoal estava lá. Existe decreto de que o alimento manipulado não poderia ser (entregue), mas como é uma igreja e o pessoal está empenhado em relação ao frio, eu falei para o inspetor: ‘Libera aí a sopa”.

Segundo o secretário, tudo foi resolvido, e as ações da GCM foram intensificadas para diminuir “o sofrimento das pessoas em situação de vulnerabilidade”. Viaturas estão fazendo rondas para auxiliar essas pessoas. O coronel completa dizendo que a Defesa Civil da área está orientada a entregar cobertores e convencer as pessoas a irem para albergues.

O caso ocorreu um dia depois de relatos de moradores de rua terem sido acordados com jatos d’ água na Praça da Sé. Nessa quinta, o prefeito João Doria (PSDB) voltou a negar a situação, dizendo que  “não houve jato d’ água em ninguém”.

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