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Países reduzem metade das mortes por Aids

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publicado em 20/07/2017 às 14h03
atualizado em 20/07/2017 às 11h05

Um novo relatório do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) revelou uma queda de 50% no número de mortes pela doença desde 2005. Naquele ano, 1,9 milhão de pessoas faleceram por causa da epidemia mundial. Além disso, o tratamento avançou: mais da metade dos soropositivos estavam recebendo medicamentos contra o vírus em 2016. Isso representa uma “expectativa de vida quase normal”

O vice-diretor executivo do Unaids, Luiz Loures, em Nova York, alertou que os progressos não devem servir como desculpa para para o combate ao vírus. “Com decisão política, com o envolvimento de comunidades e com os recursos necessários, cada vez mais nós estamos convencidos que podemos chegar ao fim da epidemia”,afirmou.

Segundo ele, a boa notícia é em relação ao avanço no tratamento da doença. “O número de pessoas tratadas hoje no mundo é quase de 20 milhões, o que nos dá sem dúvida a esperança. Nós estamos no ritmo para se alcançar a meta  de ter 30 milhões de pessoas em tratamento em 2020, para a partir daí chegarmos a 2030 com essa epidemia sob controle.”, pontuou.

África lidera

Os objetivos das Nações Unidas para o combate a Aids pretendem que pelo menos 90% das pessoas com HIV sejam diagnosticadas, 90% destas recebam a terapia e que desse grupo 90% tenham a infecção suprimida até 2020.

O documento da Unaids indica que a África lidera o caminho na redução de novas infecções pelo vírus, ao baixar esse índice em cerca de 30% . Malauí, Moçambique, Uganda e Zimbábue reduziram as novas infecções em quase 40%. Contudo, de acordo com o relatório Fim da Aids, o tratamento inadequado causou um aumento das mortes no norte da África, no Oriente Médio, na Ásia e na Europa Oriental.

Segundo o documento, a expectativa de vida dos soropositivos aumentou em 10 anos na última década.  Luiz Loures destacou o exemplo do Brasil, que foi pioneiro nos sucessos de combate à epidemia.

“Em quase todos os países existe o desafio das novas infeções entre jovens. Mas essa é uma tendência mundial que tanto na África, no Brasil, na Europa ou nos Estados Unidos merece atenção especial. Se eu vejo hoje a epidemia da Aids entre jovens, eu diria que é mais global do que nunca. Nós estamos observando um risco acentuado em relação à epidemia entre jovens em todos os países, independente se eles estão no norte ou no sul.”, destacou.

O número de mortes vinculadas à Aids na América Latina diminuiu em 12% entre os anos 2000 e 2016, apesar dos dados preocupantes em países como a Bolívia, Guatemala, Paraguai e Uruguai.

Agência Brasil

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