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Parlamentares pedem apuração sobre emendas

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publicado em 17/07/2017 às 14h38
atualizado em 17/07/2017 às 11h49

Os deputados Alessandro Molon (Rede-RJ) e Aliel Machado (Rede-PR) e o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) deverão entregar à Procuradoria-Geral da República (PGR), na tarde desta segunda-feira(17) uma representação contra o presidente Michel Temer (PMDB).

Eles pedirão que a PGR investigue a liberação de emendas para deputados da base governista durante a votação da admissibilidade da denúncia na Comissão de Constituição e Justiça(CCJ) da Câmara dos Deputados.O documento foi elaborado com base em um levantamento feito pela assessoria de Alessandro Molon sobre as emendas liberadas.

“Queremos impedir que Temer continue usando dinheiro público para obstruir a Justiça e permanecer impune com a ajuda do Congresso. Além disso, queremos impedir que serviços essenciais sejam prejudicados por causa dessas manobras ilegais e irresponsáveis do governo”, afirmou Alessandro Molon.

Entre os quarenta deputados que votaram pela rejeição do parecer que recomendava a investigação contra o presidente Michel Temer na CCJ da Câmara, 39 tiveram 266 milhões de reais em emendas parlamentares empenhadas. Esse valor corresponde ao período entre junho, após a divulgação da delação do empresário Joesley Batista, que foi usada na denúncia contra Temer, e as duas primeiras semanas deste mês, às vésperas da votação.

As trocas feitas pelo governo na Comissão da Câmara, antes da votação da denúncia, também ajudaram a elevar o valor desembolsado. Os catorze deputados que se tornaram titulares do colegiado da Casa com ajuda do Palácio do Planalto receberam mais de 106 milhões de reais em recursos. No entanto, dois deles contrariaram o governo e votaram pela admissibilidade da denúncia: Renata Abreu (Podemos-SP) e Laércio Oliveira (SD-SE).

Estadão

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