João Pessoa, 28 de junho de 2017 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
taxa média de juros do cartão de crédito rotativo para pessoas físicas recuou para a menor taxa em dois anos, no patamar de 363,3% ao ano. Os dados são de maio, o segundo mês das novas regras da modalidade, informou o Banco Central nesta quarta-feira (28). A última vez que os juros ficaram abaixo deste patamar foi em maio de 2015, a 355% ao ano.
Em abril, os juros haviam caído de 490% para 422,5% ao ano. O mês de março foi o último antes das mudanças nas regras do cartão de crédito.
Pela nova regra, que começou a valer em abril, o rotativo só pode ser usado até o vencimento da fatura seguinte. Se na data do vencimento o cliente não tiver feito o pagamento total do valor da fatura, o restante terá que ser parcelado ou quitado.
Já os juros anuais do cheque especial para pessoas físicas tiveram leve queda em maio, de 328% ao ano para 325%.
A taxa média de juros das operações de crédito do sistema financeiro caiu 1 ponto percentual em maio, ficando em 29,2% ao ano, segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta quarta-feira (28). A taxa média no crédito livre diminuiu 2,5 pontos percentuais no mês, alcançando 46,8% ao ano.
Para pessoas físicas, a taxa média do crédito manteve a trajetória de queda, atingindo 36,9% ao ano. No segmento livre, a taxa caiu 4,5 pontos percentuais no mês, para 63,8% ao ano. No segmento direcionado, a taxa de juros aumentou 0,7 pontos percentuais, atingindo 9,7% ao ano, destacando-se a elevação de 0,9 pontos percentuais em financiamentos imobiliários.
A queda dos juros bancários acontece em momento de recuo da Selic, a taxa básica de juros da economia, fixada pelo Banco Central, que influencia a chamada “taxa de captação” dos bancos, ou seja, quanto eles pagam pelos recursos.
Em sua última reunião, Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a taxa Selic de 11,25% para 10,25% ao ano. Foi o sexto corte seguido na taxa.
A taxa de inadimplência (pagamentos atrasados há mais de 90 dias) atingiu 4% em maio, alta de 0,1 ponto percentual no mês. No crédito às famílias, a taxa também avançou 0,1 ponto, para 4,1% e, no segmento corporativo, 4%. No crédito livre, a inadimplência aumentou 0,2 ponto percentual no mês, alcançando 5,9%. O direcionado, permaneceu estável em 2,2%.
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