João Pessoa, 24 de maio de 2017 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Lá pelos anos oitenta/ Cazuza em canção ostenta/ Uma extrema indignação:/ Que o Brasil mostre sua cara/ E ele nem imaginara/ Fosse tamanha a corrupção!
Questionou “qual é o teu negócio”/ Também “o nome do teu sócio”/ Não quiseram ouvir nem responder./ As desigualdades já chocavam/ As injustiças massacravam/ E a Naçãojá só fazia “emagrecer”.
Desde então “negócios” são feitos/ Mas só os “sócios” têm direitos/ Direitos usurpados da Nação./ Mesmo tendo havido uma Constituinte/ O povo repete-se como pedinte/ Mãos estendidas sem se lhe dar o pão. – E se Cazuza aqui estivesse/ Certamente não mais quisesse/ Que o Brasil mostrasse sua cara./E não o desejaria por vergonha/ Porque a decepção seria tão medonha/ Que preferiria vê-lo com máscara.
Nos tempos de Cazuza/ Mesmo de forma confusa/ Ele já era contra “pagar essa droga”./ “Droga” armada para o convencer/ E “malhada antes dele nascer”/ Como que essa “música” estivesse em voga.
Atentemos, pois, para a mensagem de esperança/ Que com muita perseverança/ Nos transmite Mário Sérgio Cortella:/ Não nos acabrunhemos pelo “auge da sujeira”/ Este momento é o “começo da limpeza”/ Para construirmos uma nova passarela!
Passarela pela qual caminhe a seriedade/ Juntamente com competência e honestidade/ Traduzindo a cara da maioria do povo brasileiro./ Passarela que seja caminho de justiça social/ Base para uma Nação bem fraternal/ Que faz de um para com o outro um serbem hospitaleiro.
Passarela bem estruturada/ Que, enfim, sem trapalhadas/ Signifique honestidade… sem máscara./ E assim Cazuza, de onde está,/ Sem medo volte a cantar:/ “Brasil, mostra tua cara!”.
OPINIÃO - 18/03/2024