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O protesto nacional, 6ª ou 2ª feira?!

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publicado em 26/04/2017 às 16h10

Como estudante, participei de uma mobilização, lá em início dos anos 60, que resultou na destituição do diretor da EIFPB (Escola Industrial Federal da Paraíba), que depois se fez ETFPB, CEFET e agora IFPB. Mas, naquele tempo, tanto do lado estudantil quanto dos quadros funcional e docente, havia o entendimento de que para protestar e darvisibilidade às reclamações que se pretendia fazer, não se tinha de prejudicar as atividades essenciais à sociedade, indispensáveis à sustentabilidade econômico-social.

Nos tempos de hoje em qualquer insatisfação de um setor logo se busca demonstrá-la com a suspensão da produção, o que quer dizer, do trabalho. E em havendo a paralisação, raramente se vê nas ruas, nos protestos, um quantitativo de participantes que corresponda à quantidade de pessoas que os organizadores dizem representar. Em uma notícia veiculado ontem, por exemplo, consta que o quadro administrativo de uma instituição com cerca de 400 integrantes, a paralisação das atividades foiaprovada por um “placard” de 50 a 26. E 76 correspondem a 19%de 400!

Estas colocações são aqui feitas por conta do anúncio de uma greve geral para esta 6ª feira, dia 28, em protesto contra as reformas trabalhista e da previdência social, propostas pelo governo Temer. Aí me lembrei daqueles anos 60. E sem a pretensão de denomina-los de maior racionalidade, diria que, diante de um Brasil “quebrado”, com tanta gente desempregada, com outras tantas pessoas com medo de perder o emprego e pela consciência de que “só o trabalho constrói”, em vez de tomar-se mais um dia para paralisação, aproveitar-se-ia a 2ª feira, 1º de maio(que feriado já o será exatamente em reverência ao Trabalho e ao Trabalhador) para ir-se às ruas e gritar o protesto!Seria, além de bem mais racional, uma maior demonstração de bem querer para com o país.

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