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Suplicy diz que Marta deveria ajudar a corrigir erros do PT e fala em desmando

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publicado em 13/01/2015 às 07h47

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que foi casado durante 37 anos com a senadora Marta Suplicy (PT-SP), sugeriu nesta segunda-feira que a ex-mulher deveria, assim como ele, “colaborar para prevenir e corrigir os erros” do PT. Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, a ex-ministra da Cultura fez uma série de críticas à presidente Dilma Rousseff e ao próprio partido, que ajudou a fundar, e disparou: “ou o PT muda ou acaba”.

“Eu, como fundador do Partido dos Trabalhadores, quero colaborar para prevenir e corrigir os erros do partido”, disse Suplicy. “É fato que há inúmeros problemas de desmandos e irregularidades em certas áreas administrativas do governo que são responsabilidade do partido e que precisam ser corrigidas. Eu tenho sempre procurado tomar medidas para prevenir e corrigir esses erros”, continuou o petista, que não foi reeleito e encerra neste ano um ciclo de 24 anos no Senado.

"A Marta foi eleita senadora pelo PT e tem condição de dar uma contribuição formidável ao partido. Ainda mais agora que eu vou sair, poderá fazer um importante trabalho", afirmou Suplicy. "É uma das pessoas mais consideradas dentro do PT. Eu sou testemunha de quantas vezes ela foi muito bem considerada no partido, candidata a deputada federal, candidata a prefeita, candidata ao governo de São Paulo, ao Senado, convidada a ser ministra do presidente Lula e ministra da presidenta Dilma”, continuou.

Na entrevista, Marta disse que, cada vez que abre um jornal, fica mais “estarrecida com os desmandos”. A senadora ainda definiu a política econômica de Dilma como “fracasso” e afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também teria criticado a presidente, de quem estaria mais distante do que nunca.

Embora as declarações de Marta sinalizem sua saída do PT, Suplicy afirma que o episódio deve provocar “reflexão” dentro do partido e diz que acreditar em outro desfecho. “São episódios superáveis e que podem ser objeto de reflexão. Acho importante que membros da direção e o próprio presidente Lula, a presidenta Dilma, o (presidente do partido) Rui Falcão e até mesmo o ministro Aloizio Mercadante atuem nesse sentido”, afirmou o senador. Ao jornal, Marta também disse que Falcão “traiu o projeto do PT” e classificou o ministro chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, como “inimigo” de Lula.

A entrevista de Marta também foi marcada por sua preocupação com os interesses do grande empresariado e pelo elogio que fez à nova equipe econômica do governo, encabeçada pelos ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Palnejamento), que definiu como “experiente” e “qualificada”. Para Suplicy, Marta entendeu “o sentimento de preocupação com a política econômica de muitos setores empresariais com os quais ela dialoga”, o que não significa necessariamente uma guinada à direita.

“Ela sabe quão importante é para o PT a realização de políticas que deem grande atenção à população mais carente. Isso ficou muito claro quando ela instituiu os CEUs e o Bilhete Único em São Paulo”, encerrou o senador.

Procurados pelo Terra para comentar as declarações de Marta, o Palácio do Planalto, o Instituto Lula, Rui Falcão e o ministro Aloizio Mercadante não se pronunciaram.

Terra

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