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ELEIÇÕES

Macron e Le Pen passam para o segundo turno na França

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publicado em 23/04/2017 às 17h28

O centrista Emmanuel Macron e a candidata da extrema direita Marine Le Pen seguem para o segundo turno das eleições presidenciais da França, segundo pesquisas de boca de urna, em uma das corridas eleitorais mais disputadas da história recente do país.

Ele teria 23,7% e ela, 21,7% dos votos, de acordo com avaliação de boca de urna do Ipsos/Sopra Steria.

Com 34 por cento dos votos contados, o Ministério do Interior disse que Le Pen liderava com 24,6% dos votos, seguida por Macron, com 21,9%. A contagem inicial de votos inclui principalmente distritos eleitorais rurais, que pendem mais para a direita, enquanto os votos de áreas urbanas são contados mais tarde.

O segundo turno está marcado para o dia 7 de maio. Pesquisas de opinião apontam que Macron, numa disputa contra Le Pen, se sairia vencedor e se tornaria o próximo presidente francês. Qualquer um dos dois candidatos fará história: Macron como o presidente mais jovem da França (aos 39 anos) e Le Pen como a primeira mulher chefe de Estado no país.

Dos 11 candidatos inscritos na disputa, quatro tinham chances reais de passar ao segundo turno. Além de Macron e de Le Pen, estavam bem cotados Jean-Luc Mélenchon (da extrema esquerda) e François Fillon (conservador).

Se confirmado, este resultado representará um revés para os partidos tradicionais que se alternaram no poder durante décadas: o socialista, do presidente em fim de mandato François Hollande, e os conservadores, liderados por Fillon.

A vantagem de Macron contra Le Pen no segundo turno também significa um alívio para a União Europeia (UE). Macron, ex-ministro da Economia do presidente Hollande, fez uma campanha com um programa abertamente europeísta e liberal.

Já no caso de vitória de Le Pen, a França ampliaria ainda mais as incertezas em torno da UE, devido à defesa por parte da candidata da saída da zona do euro –um golpe fatal a um bloco já enfraquecido pelo Brexit.

A ultradireitista se beneficiou da mesma onda populista que impulsionou a vitória de Donald Trump nos Estados Unidos, com um programa centrado no “patriotismo” e na “preferência nacional”.

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