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Agricultor deu veneno no lugar de cachaça a amigos

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publicado em 20/04/2017 às 15h28
atualizado em 20/04/2017 às 12h29

O delegado Juliano Marcula, da Delegacia Municipal de Barbalha, no Ceará, disse que Francisco das Virgens de Lima, de 38 anos, preso por dar veneno a amigos como se fosse cachaça, sabia que havia entregado uma substância tóxica para beberem. O acusado, conhecido na região como João Batista, matou um homem e deixou outro em estado grave em uma “brincadeira de mau gosto”. O caso veio à tona nesta quarta-feira.

Como era cliente assíduo no bar do Cícero, irmão de uma das vítimas, Lima tinha acesso à despensa em que o proprietário guardava ferramentas e produtos químicos para a produção agrícola. Na manhã de domingo, ele saiu de lá com uma garrafa de plástico nas mãos que continha um veneno para larvas em plantações.

— Lima deu o veneno para o Moreno, que bebeu primeiro, e para outro homem, coincidentemente chamado João Batista, que acabou morrendo. O acusado vai responder por homicídio qualificado e por tentativa de homicídio qualificado — afirmou Marcula.

O homem de apelido Moreno, de 41 anos, continua internado em estado grave, sem previsão de alta, no Hospital Regional de Juazeiro do Norte. Sua mãe, ao ver o acusado na delegacia, passou mal e precisou ser socorrida.

A polícia acredita que João Batista Martins da Silva, de 56 anos, tenha bebido a maior parte do veneno, por isso morreu em seguida. Os dois começaram a passar mal minutos depois de ingerir a substância.

Ao ver que os dois homens passavam mal, outros clientes do bar conseguiram um carro para levá-los ao Hospital São Vicente, em Barbalha. Na ocasião, Lima quis despistar os agentes e alegou que também havia ingerido a substância. Ficou sob observação até a tarde de segunda-feira, mas os médicos não encontraram qualquer vestígio do veneno no corpo do homicida.

— Durante o socorro, ele quis criar um álibi. Mas populares nos relataram o ocorrido e já acionamos a escolta policial. Ele ficou detido no hospital. Ao receber alta, foi preso. Em depoimento, ele contou que deu a substância para Moreno por maldade. Ele sabia que era veneno — garantiu o delegado.

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