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José Gonzaga Sobrinho, mais conhecido como Deca do Atacadão é um empresário e político brasileiro, atualmente é senador da República e filiado ao PSDB.
Foi eleito em 2010, ao lado senador Cássio Cunha Lima (PSDB) como primeiro-suplente.
Em setembro de 2016, após o pedido de licença do titular, o senador Deca tomou posse no Senado Federal.

Um dia que será eternizado na memória paraibana

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publicado em 10/03/2017 às 14h40

O dia, enfim, chegou: as águas do São Francisco já banham a Paraíba!

E nunca nenhuma poesia, nenhuma música, nenhuma trova inspirada pela mais afinada viola foi mais harmoniosa do que o ruído da correnteza percorrendo os canais da transposição.

Um percurso acompanhado por olhos sedentos para testemunhar, de perto, este instante que será grifado na história da nossa gente e de nossa região.

Só quem – como eu – passou a vida em preces a São José para que os céus minorassem o castigo das longas estiagens – e testemunhou por tanto tempo, nos renovados ciclos de seca, o pasto secar e o rebanho minguar – sabe da importância desse dia para o povo paraibano.

Que me perdoem os menos otimistas, mas eu sempre acreditei que esse dia chegaria.

Uma crença pragmática; uma fé que coloquei em ação. Me dedicando, enquanto representava a Paraíba no Senado Federal, para que essa crença e essa fé se materializassem com a maior brevidade possível.

Foram tantas batidas na porta do Ministério da Integração – em nome dessa peleja – que minha presença insistente acabou sendo lembrada pela comitiva do presidente Michel Temer, ao lado de quem desembarcarei nesta sexta-feira histórica em Monteiro para ver, com meus próprios olhos, esse momento que jamais será esquecido.

Vou para comemorar, mas também para cobrar a realização da segunda etapa desse sonho: a conclusão do Eixo Norte, que levará a água do São Francisco para o alto sertão.

Vou, também, para acertar no fio do bigode com o presidente e seu estafe o compromisso com a gestão deste sistema gigantesco e complexo.

Agora que a água chegou, não podemos permitir que ela deixe de fluir por falta de monitoramento e manutenção das estações, dutos e canais que formam a transposição.

Queremos continuar a ouvir, de forma ininterrupta, essa música perene. Essa melodia solene. Esse ruído que enche a alma nordestina de esperança em um futuro de desenvolvimento, sem os obstáculos que a natureza, caprichosamente, sempre nos impôs.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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