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Campeã do Carnaval Tradição sai do desfile endividada

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publicado em 27/02/2017 às 16h18
atualizado em 28/02/2017 às 06h39
Unidos do Róger e campeã em João Pessoa (Imagem: reprodução TV Cabo Branco)

Campeã do Carnaval Tradição de João Pessoa deste ano, a escola de samba Unidos do Roger, sai da avenida com uma dívida de cerca de R$ 6 mil para quitar.

Foi o que afirmou a presidente da agremiação, Fernanda Benvenutty, após a apuração do resultado, neste domingo (27), na Avenida Duarte da Silveira.

Em tom de desabafo, carnavalescas disse ainda que por falta de recursos, a Unidos do Róger também não teria condições de bancar uma comemoração do título junto a comunidade. De acordo com Fernanda, a crise e a falta de investimento dos  setores privados acabam por tirar o brilho do evento.

“Hoje vai ter desfile em agradecimento na comunidade. As grandes empresas não apostam e não estão  coladas no Carnaval Tradição, diferente da folia do Folia de Rua. Contamos apenas com o apoio do poder público. Recebemos cerca de  R$ 20 mil, mas no meu orçamento não gastamos menos de R$ 40 mil. Vamos chegar o próximo carnaval ainda quitando as dívidas”, argumentou.

A agremiação entrou na avenida com o enredo ‘Águas que Cai dos Céus e Chuva e Água que Cai dos Olhos é Lágrima’ para contar os problemas da água no planeta.

Sobre vítória, Fernanda Benvenutty disse que hoje foi solto um grito que estava “preso na garganta” após a punição com a desclassificação da escola no carnaval de 2016 por falta de quesitos de alegoria.

“Esse ano trabalhamos para reverter a desclassificação e ser campeã. Estava com esse grito preso da garganta”, disse Benvenutty.

Fernando Benvenutty também falou de outra polêmica envolvendo a escola por trazer para avenida uma música repaginada de uma escola de samba de Joinville (SC).  Para ela, não existe nenhuma proibição de que as músicas possam ganhar uma nova roupagem ou vir de  compositores de fora da Paraíba.

“O enredo não e nosso.  É de uma escola que já apresentou e foi cedido a nós o direito de fazer uma reedição. Toda escola pode fazer uma reedição e a gente fez. Não existe esse negócio de samba local”, finalizou.

As outras colocações ficaram com Malandros do Morro, Império do Samba, Independente de Mandacaru e a Pavão de Ouro.

Roberto Targino – MaisPB

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