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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

A razão de Raimundo Lira ter pisado no freio no confronto com Zé Maranhão

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publicado em 08/02/2017 às 15h28
atualizado em 08/02/2017 às 13h12

Maranhão tem o PMDB nas mãos e Lira precisa do partido; a equação inspira a pacificação

Já alertei, noutra ocasião recentemente, a esterilidade do conflito interno deflagrado no PMDB, tanto para o senador José Maranhão quanto para, e principalmente, o senador Raimundo Lira. Até comparando, como lembram, a briga peemedebista à guerra de ciúmes da OAB.

O confronto – puxado por Lira – só beneficiava ao governador Ricardo Coutinho que, de repente, passava a ser o centro de uma briga de partido de um partido de oposição se digladiando em debate para ficar perto dele.

Mal aconselhado no começo, Raimundo Lira ouviu a voz do bom senso e puxou o freio antes que o ambiente ficasse pior na legenda e refletisse no próprio senador. Deixou isso claro ontem em entrevista ao 60 Minutos – programo que apresento na Rede Arapuan de Rádios.

Queiram ou não, Maranhão é detentor do comando do PMDB e tem prestígio e tradição junto à cúpula do partido, afeita à considerar figuras históricas da legenda, como é o caso do ex-deputado federal e ex-governador.

Se nada disso valesse, é Maranhão, e não Lira, quem tem mais quatro anos de mandato, depois de 2018, para garantir uma cadeira ao partido no Senado.

E quem está esquecido é bom rever os anais e lembrar que, quando tentaram tomar o comando de Maranhão em passado recente, mesmo sem mandato e recém saído de uma derrota, ele reverteu o quadro e se manteve soberano. Imagine agora.

Por sobrevivência e inteligência emocional, Lira não pode perder a única coisa que lhe dá perspectiva; a sigla e o trânsito no partido que comanda a República. E é exatamente estando forte no PMDB, e não fora, que ele tem mais chance de ser assediado para 2018. Por um lado e por outro.

Litígio
Na peleja com o grupo de Renan Calheiros e José Sarney, Raimundo Lira perdeu a queda de braço para o senador Edison Lobão. É o maranhense quem vai suceder o paraibano José Maranhão na presidência da poderosa Comissão de Constituição e Justiça.

BRASAS

*Sucessão Estadual – Repercute muito nos bastidores as surpresas do resultado da pesquisa 6 Sigma, contratada pelo radialista Fabiano Gomes, do Blog do Gordinho.

*Bloqueio – O governador Ricardo Coutinho chegou a vetar a decisão que ungiu o deputado Adriano Galdino (PSB) líder do bloco da maioria.

*Preferido – Coutinho queria Jeová Campos (PSB) e delegou a missão de abortar Galdino ao presidente da Assembleia, Gervásio Filho (PSB).

*Missão – Gervasinho ainda chegou a operar a recomendação de Ricardo, mas recuou ao perceber que o Palácio poderia amargar derrota dentro da própria base.

*Prejuízos – Mercado de comunicação preocupado com a ausência de anúncios da Câmara de João Pessoa e da Assembleia.

FALA CANDINHA!

Prato frio

Dona Candinha ligou só para dizer que sabe quem mais comemorou a eleição de Edison Lobão para sua sucessão na CCJ:

– Zé Maranhão!

PONTO DE INTERROGAÇÃO

Quando Ricardo Coutinho vai consultar o ‘Jardim Girassol’ sobre o nome da sua sucessão?

PINGO QUENTE

“Eu tenho que ajustar para o Estado funcionar”. Do governador Ricardo Coutinho (foto) sobre os esforços para equilibrar as contas e garantir os serviços da máquina.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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