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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

O que OAB e PMDB, ambos em crise, têm semelhante na Paraíba

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publicado em 01/02/2017 às 10h10
atualizado em 01/02/2017 às 07h15

Sintonia entre grupo eleito na Ordem não demorou seis meses; partido também vive crise de identidade

Responda rápido: qual é a semelhança entre a OAB e o PMDB da Paraíba na atualidade, fora as filiações de alguns? A briga antecipada do poder pelo poder, ambiente gerado como conseqüência das alianças de conveniência, rapidamente desfeitas pela poeira do tempo.

Na Ordem dos Advogados, os grupos de Paulo Maia, franco favorito à época do pleito passado, e do então candidato Carlos Fábio Ismael, se digladiavam nos bastidores, mas se uniram para derrotar a ala liderada por Odon Bezerra e representada por Carlos Frederico Farias.

Não demorou seis meses e todos os compromissos firmados entre os vencedores, Paulo e Carlos, se desmancharam no ar, movidos pela ansiedade de deflagração de uma disputa que só acontecerá em novembro de 2018.

No PMDB da Paraíba o processo é idêntico. Desde que perdeu o Palácio em 2010, o partido perdeu sua bússola da coerência.

Passou três anos e meio fazendo dura oposição a Ricardo, se aliou ao socialista no segundo turno e rompeu com ele menos de dois anos depois para se aliar a quem combatia há também três anos e meio, no caso de Luciano Cartaxo, e há quase duas décadas, em relação ao senador Cássio Cunha Lima.

A falta de coesão ideológica e política explica, em parte, o confronto quase infantil entre veteranos feito José Maranhão e Raimundo Lira. O último entra no jogo do Governo e aceita ser usado para o conflito interno, quando a lógica recomenda sintonia com Maranhão se quiser permanecer e ser candidato pelo partido. O primeiro come a corda e também já joga o nome na rua somente para efeito de contenção.

Nas duas crises – OAB e PMDB – sobra impaciência, além de incoerência, e falta inteligência emocional e respeito aos prazos administrativos e políticos. Em ambos os casos, o personalismo e a gula por espaços expõe negativamente e fere de morte as imagens das instituições e de seus líderes.

Representante
Entre cerca de 15 prefeitos de capitais, o vice-prefeito Manoel Júnior (PMDB-foto) representou João Pessoa na audiência municipalista, ontem, com a presidente do STF, Carmém Lúcia, em Brasília. Júnior ressaltou a receptividade da ministra. Ele estava acompanhado do procurador Adelmar Régis.

Bastidores da CCJ
Renan Calheiros (PMDB) queria a Comissão de Constituição e Justiça, presidida pelo paraibano José Maranhão. A cúpula do PMDB avaliou que o espaço não era propício para quem tem tantos enfrentamentos com o Judiciário. A CCJ poderia virar um ‘cavalo de batalha’ do alagoano. O contexto favoreceu ao também paraibano Raimundo Lira (foto).

BRASAS
*Reduto – Com a ida de Lira, a CCJ vai ficar notabilizada pela presença de peemedebistas paraibanos. A sequência começou com Vital do Rêgo, atualmente no TCU.

*Lá e cá – O governador Ricardo Coutinho (PSB) cumprimentou o senador Cássio Cunha Lima em Sertânia (PE). Em solo paraibano, e diante do exército girassol, ficou longe do tucano.

*Ôh vidão! – Somando meados de dezembro com o prazo da reforma da Casa, a Câmara de João Pessoa caminha para 75 dias de recesso.

*Blefe? – Esse ano completa cinco anos que o Grupo Marquise anunciou a construção do Pátio Intermares, em Cabedelo.

*Político – Aniversariante de ontem, o secretário Luís Tôrres partiu o bolo no Sonho Doce. Deu o primeiro pedaço a Nonato Bandeira (PPS), chefe de Gabinete do Governo.

FALA CANDINHA!
Prevenção
Segundo Dona Candinha, um conselheiro recomendou que o governador Ricardo Coutinho ande sempre com um estetoscópio no bolso nas solenidades.
Perguntado sobre o motivo, ela, serelepe e rápida, respondeu:
– Para consultar o coração de Lígia.

PONTO DE INTERROGAÇÃO
Quem é o Eike da Paraíba?

PINGO QUENTE
“Ele está a serviço da atual gestão”. Do ex-prefeito de Cajazeiras, Carlos Antônio (DEM-foto), sobre as declarações de Antônio Justino, o delator da Operação Andaime.

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