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Ortotrauma reduz em 51% o tempo de permanência dos pacientes

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publicado em 24/01/2017 às 10h14
atualizado em 24/01/2017 às 07h15

O tempo médio de permanência dos pacientes no Complexo Hospitalar de Mangabeira Governador Tarcísio de Miranda Burity (Ortotrauma), administrado pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), teve redução de 51,41% nos últimos cinco anos. No ano de 2011, a média era de 14,94 dias e, em 2016, foi reduzida para 7,26 dias.

Durante o ano de 2016, a média caiu de 9,34 dias em janeiro para 6,70 dias em dezembro, o que corresponde a uma redução de 28,27%. Setembro foi o mês com menor média (5,49). No período dos cinco anos, o mês com a maior média foi o de abril de 2011 (23,52). Na comparação com setembro de 2016, a diminuição é de 76,66%.

A diretora-geral do Complexo Hospitalar de Mangabeira, Fabiana Araújo, afirma que a média de permanência foi reduzida devido à realização de mais atendimentos em menos tempo. “No início do ano, nossa média de cirurgias era de 400 por mês, mas nos últimos meses chegamos a uma média de 500, por exemplo”. Em 2011, foram realizadas 2.852 cirurgias e, em 2016, 5.362, ou seja, 88% a mais.

Fabiana Araújo explica que, além do empenho da equipe, a média de permanência também é influenciada pela gravidade dos casos dos pacientes e inclui tanto os atendimentos de quem vai para casa no mesmo dia, quanto às internações de casos delicados.

Ortopedia – De acordo com o coordenador da Ortopedia, Alexandre Galvão, há pacientes que recebem alta em três ou quatro dias, por exemplo, considerando o período para realização de exames, a cirurgia e a observação. “Mas quando há lesão na pele, no músculo ou no tendão, às vezes, é preciso mandar este paciente para a cirurgia plástica, melhorar a condição de pele dele, para depois fazer a cirurgia definitiva”, afirma o especialista.

O médico esclarece que o atendimento na urgência é imediato. “O paciente é operado na urgência, mas dependendo do seu estado, não de maneira definitiva. Colocamos um fixador externo, fazemos uma limpeza e iniciamos um tratamento com antibióticos por um período de sete a 14 dias, para não ter risco de infecção ao inserirmos a placa no corpo dele. Dependendo da evolução do paciente, aí realizamos a cirurgia definitiva, com a inserção do material necessário”, explica Alexandre Galvão.

Regulação – Em 2015, o Complexo Hospitalar de Mangabeira criou o Núcleo Interno de Regulação (NIR), um setor para verificar o estado clínico dos pacientes e o tempo de permanência no hospital, classificando-o pelo método Kanban, desenvolvido pelo sistema Toyota de produção. No contexto hospitalar, o tempo de permanência é indicado pelas cores verde, amarelo e vermelho.

As medidas de otimização do atendimento geraram um aumento de rotatividade dos leitos, sobretudo na ortopedia. Desta forma, mais pessoas são atendidas em um período menor de tempo. Na sala verde da ortopedia, por exemplo, 92% dos atendimentos obtiveram a classificação verde em setembro do ano passado. Nas enfermarias, a média de classificação verde nos leitos foi de 55%.

Ivana Cruz, médica responsável pelo NIR, explicou que a atuação dos profissionais do setor tem contribuído nessa redução do tempo de permanência hospitalar. “Fazemos visitas diárias às enfermarias, num trabalho de monitoramento do fluxo e conversamos com a equipe médica sobre casos clínicos de pacientes com longa permanência hospitalar para que haja uma mudança no tratamento”.

Clínica médica – A partir de pactuação firmada com o Ministério da Saúde, o Complexo Hospitalar de Mangabeira é referência em cirurgia de urgência das áreas abaixo do joelho e do cotovelo.

Ivana Cruz conta que os casos com maior permanência são os da clínica médica. “Se um paciente está com suspeita de câncer, mas nossa unidade hospitalar não é referência nisto, nem vai realizar a biópsia, agilizamos a transferência deste paciente, por exemplo. Se a espera para a cirurgia de um paciente diabético depende da redução da taxa de diabetes, nos empenhamos em uma conduta que resulte nessa diminuição o mais rápido possível”, explica a médica.

Com o trabalho do NIR, os leitos foram renumerados e foram instaladas novas placas de identificação do paciente para adaptação ao sistema de prontuário eletrônico, que será implantado neste ano.

Secom-JP

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