João Pessoa, 24 de janeiro de 2017 | --ºC / --ºC Dólar - Euro

ÚltimaHora
INVESTIGAÇÃO

Polícia prende grupo suspeito de praticar fraudes bancárias

Comentários: 0
publicado em 24/01/2017 às 09h40
atualizado em 24/01/2017 às 06h41

A Polícia Civil da Paraíba, através da Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) de João Pessoa prendeu em flagrante durante diligências realizadas na segunda feira (23), José Hilton Barros Silva, 36 anos, Antonia Andrade Marques, 28 anos, Alan Paolo Chagas do Nascimento, 31 anos e Débora Kelly Olegário Barreto, 30 anos. O grupo é suspeito de praticar crimes relacionados a transferências bancarias em todo o Brasil. Antonia foi presa na residência dela, situada no bairro das Indústrias em João Pessoa. José Hilton na cidade de Rio Tinto. Já Alan Paolo e Débora Kelly foram presos na cidade de Mamanguape.

A polícia chegou aos suspeitos após investigar transferências fraudulentas de contas bancárias de uma grande empresa do estado do Espírito Santo. A primeira transferência foi feita na sexta-feira, dia 20 de janeiro, no valor de R$ 40 mil. Nesta segunda feira seria feita mais uma transferência, desta vez de R$ 30 mil, mas os suspeitos foram presos pela Delegacia de Defraudações e Falsificações antes que conseguissem sacar os valores transferidos. Os agentes de investigação descobriram que o grupo fez pelo menos quatro transações fraudulentas, causando um prejuízo só a esta empresa de mais de R$ 200 mil.

“A organização criminosa possui integrantes com conhecimento avançado na área de informática, responsáveis por hackear as contas bancárias e senhas de sistemas internos de grandes empresas. Parte do grupo transfere valores para contas de terceiros ‘laranjas’, enquanto outros são responsáveis pela ‘contratação’ das pessoas que fornecem suas contas pessoais para a realização das operações. Os valores das transações bancarias variam entre R$ 30 e R$ 40 mil. Quando o processo é concluído o dinheiro é imediatamente retirado pelos titulares das contas e repassado aos membros da organização, mediante o pagamento de comissões”, disse o delegado titular da DDF Lucas Sá.

As investigações mostram que as fraudes só eram descobertas depois da retirada dos valores transferidos pela organização criminosa, dessa forma os donos das empresas lesadas continuavam com o prejuízo e os suspeitos não eram identificados, porque não deixavam nenhum rastro para a apuração dos fatos. Além das quatro pessoas presas, a Delegacia de Defraudações e Falsificações também identificou Maria Luiza Vicente da Silva que está foragida como suspeita de envolvimento com o grupo criminoso.Com as pessoas presas, a polícia apreendeu folhas de cheque em branco de vítimas da Paraíba, anotações de cartões de credito o que levanta a suspeita que eles também podem praticar o crime de clonagem de cartões de crédito.

Os presos estão recolhidos na carceragem da Central de Polícia do Geisel onde aguardam a audiência de custódia. As diligências continuam com o objetivo de identificar outros participantes da organização criminosa e vítimas deles, para que os danos causados pelos suspeitos sejam reparados e eles sejam responsabilizados pelos crimes que cometeram.

Secom-PB

Leia Também