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JULGAMENTO

Babá diz que Elize Matsunaga comprou serra elétrica horas antes de assassinato

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publicado em 28/11/2016 às 14h56

Primeira testemunha a ser ouvida nesta segunda-feira (28) no júri de Elize Matsunaga, acusada de matar o marido, a babá Amonir Hercília dos Santos afirmou ter ouvido de sua mãe, que também era babá do casal, que a ré comprou uma serra elétrica horas antes da morte de Marcos Matsunaga, 42. Elize responde pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação e destruição de cadáver.

Amonir é filha de Mauriceia Gonçalves dos Santos, que era a babá titular da filha do casal Elize e Marcos durante a semana, e trabalhava para eles, no apartamento de dois andares na Vila Leopoldina (zona oeste de São Paulo), como folguista da mãe –ou seja, a cada quinze dias, a jovem ia ao local entre a madrugada de sábado até a noite de domingo. Mãe e filha foram arroladas como testemunhas da assistência de acusação.

O crime aconteceu no apartamento do casal no dia 19 de maio de 2012, um sábado, por volta das 20h. Nesse final de semana, porém, segundo o processo, Amonir trabalhou domingo e segunda, já que Elize havia viajado ao Paraná, no dia 17, com a filha e Mauriceia.

Durante pouco mais de uma hora de depoimento, a testemunha negou que tenha presenciado ou ouvido brigas do casal, durante o tempo em que trabalhou no apartamento. Ela afirmou ainda ter sabido só após a divulgação do crime, pela imprensa, que o corpo de Matsunaga foi esquartejado em um dos quartos do apartamento. O quarto em que ela cuidava da bebê, disse, ficava no andar de cima.

Indagada pelo assistente da acusação, o advogado Luiz Flávio D’Urso, se havia ouvido de sua mãe que Elize parara para comprar uma serra elétrica no retorno da viagem ao Paraná (no mesmo dia do crime), a babá admitiu que sim –e no caminho até o aeroporto. A família de Elize vive em Chopinzinho, na região de Cascavel (oeste paranaense).

Segundo a perícia, o corpo do empresário foi segmentado em sete partes. No processo, Elize, que também já havia sido enfermeira, afirmou ter feito o esquartejamento sem ajuda de outra pessoa e com uma faca.

A sessão foi suspensa pelo juiz Adílson Paukoski Simoni –o que mesmo que presidiu o júri que condenou Gil Rugai pelo assassinato do pai e da madrasta, em 2012, no mesmo plenário onde Elize é julgada – até as 15h.

A previsão é que o julgamento no Fórum da Barra Funda, zona oeste de São Paulo, dure cinco dias. O júri tem plenário cheio –composto por amigas de Elize e, principalmente, por advogados e estudantes de direito.

Ainda hoje, deve ser ouvido, também pela acusação, o irmão da vítima, Mauro Kitano Matsunaga.

BOL

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