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Consumidores fazem lista de compra para Black Friday e monitoram preços

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publicado em 24/11/2016 às 11h12

Consumidores que pretendem comprar na Black Friday, que começa oficialmente à 0h desta sexta-feira (25), fizeram listas de produtos e monitoraram os preços com antecedência. Eles pretendem aproveitar a megapromoção para comprar presentes de Natal, produtos que já precisavam e aqueles cuja compra vinha sendo adiada justamente para aproveitar as ofertas.

O G1 publica ao longo desta semana uma série de reportagens sobre a Black Friday.

Fernando Lucas Santos, de 37 anos, está esperando a Black Friday para mobiliar a casa. Ele se mudou há 30 dias para o Rio e acabou de alugar um apartamento.

Ele fez uma lista do que quer comprar e começou a monitorar os preços. Na lista estão  guarda-roupa, cama, colchão, geladeira, micro-ondas, máquina de lavar, sofá e rack. “No fim de semana passado tirei print screen [reprodução da tela do computador] dos produtos”, afirma.

Santos calcula que vai economizar R$ 250 por produto. Sua ideia inicial era comprar produtos usados, mas decidiu comprar tudo novo por causa da Black Friday. Mesmo se conseguir bons descontos, ele acha que vai gastar mais. “Mas vai valer a pena”, diz.

Santos diz que foi em duas lojas para ver os produtos de perto. Primeiro escolheu os móveis e eletrodomésticos, principalmente por causa das dimensões para caberem no apartamento, e depois passou a acompanhar os preços na internet. “Aqui no Rio há lojas que vão abrir à meia-noite de quinta-feira, mas eu prefiro comprar pela internet mesmo”, afirma.

Ele vai pagar com cartão de crédito no maior número de parcelas que conseguir. Atualmente Santos está desempregado, por isso, espera economizar o máximo que puder. “A ideia era gastar até R$ 5 mil, mas alguns produtos como a máquina de lavar e o guarda-roupa vão custar uma média de R$ 2 mil cada. Então estimo que agora vou gastar uns R$ 8 mil”, diz.

Compras de Natal
O engenheiro Guilherme de Sá, de 26 anos, que mora em Curitiba, vai aproveitar a Black Friday para comprar todos os presentes de Natal da família. A mãe e a sogra vão ganhar uma Air Fryer e outros parentes próximos vão ganhar outros presentes. “Já até pegamos os tamanhos de roupa das pessoas para não haver o risco de ter de trocar no fim de ano.”

Além das compras de Natal, Sá e a esposa estão montando há um ano uma lista de compras para a Black Friday. No evento do ano passado, eles decidiram que todas as compras adiáveis deixariam para fazer durante a Black Friday deste ano.

“Nós éramos noivos no ano passado e estávamos olhando coisas para a casa. Vimos que muitos produtos estavam em conta, compramos alguns que valeram a pena, mas perdemos muitas ofertas. Este ano estamos mais preparados”, conta.

Estão na lista, por exemplo, todo o equipamento para um novo hobby: raquetes de tênis, bolas, mochilas e roupas esportivas. Para a casa, eles escolheram home theater, caixa de som bluetooth, mixer, máquina de pão, cooktop e videogame.

Há algumas semanas eles têm monitorado os preços em sites das próprias redes de varejo e de comparação. Segundo Sá, ele e a mulher foram ao shopping no final de semana para pesquisar preços de roupas para eles e a família.

Estratégia
O casal quer comprar entre 0h e 2h do dia 25 os eletroeletrônicos e os eletrodomésticos nas lojas virtuais. “Já salvamos na aba de favoritos a lista de sites e os produtos”, diz. Assim que saírem do trabalho na sexta-feira, eles vão direto para o shopping comprar os demais produtos da lista.

Shopping espera um movimento maior para a Black Week deste ano (Foto: Divulgação)

A forma de pagamento também foi planejada. Sá e a mulher já receberam a primeira parcela do 13º e pretendem priorizar o pagamento à vista, no boleto. “O desconto chega a 12% com o boleto ou débito em conta”, diz. O que não tiver desconto à vista será parcelado no cartão.

Pesquisa desde agosto
O analista de TI José Maurício, de 28 anos, participa da Black Friday desde 2011. Mas sempre compra um ou dois produtos no máximo por edição. Ele deixa para comprar nesta  data os produtos que pesam mais no bolso, como eletroeletrônicos e eletrodomésticos.

Maurício monitora os preços dos produtos que deseja 3 meses antes. Neste ano, quer trocar o celular. O analista conta que escolheu três modelos diferentes e começou a monitorar os preços em pelo menos seis sites de redes varejistas, além dos de comparação, em agosto.

“Já vi os preços subirem muito e depois caírem duas semanas depois. Espero que eu consiga pelo menos uns R$ 500 de desconto”, diz. A média de preços dos aparelhos é de R$ 1,8 mil, segundo ele.

Nesses anos de experiência com a Black Friday, Maurício conta que teve problemas como sites instáveis durante o dia da promoção.  As compras não eram concluídas e, quando ele voltava para o processo, o produto já havia acabado.

Ele percebeu também que alguns sites subiam os preços uns dias antes para baixar no dia da Black Friday. Para ele, o evento melhorou bastante na edição passada. “Mas nós consumidores não podemos deixar de monitorar os preços nem de acionar as entidades de defesa dos direitos”, diz.

Só se valer a pena
Outro que está monitorando preços é Eliakim Santos, que pretende adquirir um tablete. “Estou acompanhando os preços há quatro meses para me assegurar se realmente valerá a pena comprar na Black Friday”, diz.

Segundo ele, a média do preço é de R$ 1,8 mil. “Se na sexta-feira não estiver abaixo de R$ 1,5 mil eu não compro, deixo para o ano que vem. Simples assim”, diz.

G1

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