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Bebês com microcefalia do Ambulatório do Pedro I têm contato com a praia

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publicado em 24/11/2016 às 11h08

Esta quarta-feira, 23, foi especial para quarenta bebês especiais atendidos pelo Ambulatório Especializado em Microcefalia do Hospital Pedro I, de Campina Grande. Eles tiveram contato com a praia pela primeira vez, medida que faz parte do projeto de fisioterapia e de socialização do Ambulatório.

Os bebês e as mães viajaram em dois ônibus cedidos pela Secretaria Municipal de Saúde e foram levados ao Litoral Sul da Paraíba. “Eu fui à praia quando era adolescente, ainda solteira. É a primeira vez da minha filha também e é um dia bem esperado por mim e acredito que por ela também”, disse Iasmin Ferreira, mãe da pequena Isis.

De acordo com a terapeuta ocupacional que acompanha as famílias, o objetivo é promover estimulação de sentidos para as crianças. “É um momento de lazer, mas que dá para fazer estimulação também. A praia é um lugar de estimulação multisensorial, porque envolve estímulos auditivos, visuais, táteis no contato com areia, água, sol, calor, vento”, disse Andrea Saraiva.

A viagem também faz parte das comemorações pelo primeiro ano do funcionamento do Ambulatório do Pedro I, que é referência nacional pelo trabalho que desenvolve. Atualmente são atendidas 122 crianças com fisioterapia, cardiologia, neurologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e outras especialidades. As famílias também recebem acompanhamento psicológico e de assistentes sociais. O objetivo é promover mais viagens como esta para englobar as demais crianças, já que a maioria é de outras cidades e não pode participar do momento desta quarta.

A fisioterapeuta Jeime Leal destacou a importância desses momentos para aliviar a tensão do tratamento e fazer com que os efeitos dos exercícios surtam resultados positivos. “Assim como a fisioterapia momentos de lazer também são necessários”, explicou.

Josemary Gomes, que é mãe de Gilberto Wellington, considerou importante a medida. “É excelente. É a primeira viagem dele, uma maravilha. Eu sinto que ele está feliz de botar os pezinhos na areia, tomar um banho de mar, tenho certeza que ele está amando. Vou guardar de lembrança, fazer fotos porque estou muito feliz”, relatou.

Um dos objetivos é também estimular a socialização dessas crianças e a interação das famílias que enfrentam juntas a rotina desgastante do tratamento e da realização de exames, das viagens para Campina Grande para fazer o acompanhamento adequado.  “Essa turma é uma família, aqui tem alegria, é uma festa”, disse Andrea Martins, mãe de Antony Miguel.

O Ambulatório também já vem realizando outras medidas como as oficinas de fisioterapia em casa e de construção de materiais para serem utilizados no dia a dia das crianças a fim de desenvolver as partes motora e cognitiva. Em Novembro, a Secretaria de Saúde, por meio do projeto Redes de Inclusão, do Unicef, também entregou kits com objetos de estimulação multisensorial para as famílias.

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