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Patrick recebe ameaças de morte em presídio

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publicado em 23/11/2016 às 14h17
atualizado em 23/11/2016 às 12h49

O suspeito confesso de assassinar e esquartejar uma família paraibana que morava na Espanha, François Patrick Nogueira Gouveia, foi transferido do presídio onde cumpria pena após ser ameaçado de morte por detentos latino-americanos. O tio do suspeito, Walfran Campos, revelou que ele foi transferido do presídio Alcalá Meco para o presídio de Estremera, na província de Madri.

A transferência ocorreu nessa terça-feira (22), após um juiz solicitar medidas de segurança máxima, de acordo com informações da emissora de TV espanhola Antena3. Segundo a emissora, o presídio onde Patrick estava tinha um setor dedicado a presos de origem latina. No entendimento da Justiça espanhola, isso caracterizaria o local como “duvidoso” para garantir a segurança de Patrick.

O suspeito admitiu em depoimento à Justiça espanhola que planejou o crime e que decidiu matar toda a família porque matar apenas o tio dele, Marcos Campos, “parecia cruel”. Ele afirmou ainda que sentiu “necessidade de matar”.

De acordo com a emissora, Patrick negou que havia agido por impulso e disse que foi até a casa da família do tio com a intenção de matar todos os parentes. “Matei os quatro porque matar apenas Marcos me parecia cruel. Não ia deixar uma família sem marido e sem pai. Não sofreram, não gritaram, foi muito rápido”, disse o jovem em depoimento.

Relembre o caso

Os corpos de Janaína, Marcos e das duas crianças foram achados esquartejados em uma casa na cidade espanhola de Pioz em setembro, depois que um vizinho alertou sobre o mal cheiro perto da casa da família.

Após o início das investigações, a Justiça emitiu uma ordem de prisão europeia e internacional contra Patrick, mas até então o suspeito ainda não havia recebido nenhuma notificação sobre o mandado de prisão no Brasil.

Ele resolveu se entregar após o advogado dele, Eduardo Cavalcanti, voltar para o Brasil e explicar à família os detalhes do processo. O advogado informou que Patrick acredita poder se defender melhor das acusações na Espanha.

MaisPB

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