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PRESO NO RIO

Ministra do TSE determina retorno de Anthony Garotinho a hospital

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publicado em 18/11/2016 às 17h44
atualizado em 18/11/2016 às 14h49

A ministra Luciana Lóssio, do Tribunal Superior Eleitoral, determinou nesta sexta-feira a transferência do ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho para um hospital. O ex-governador foi preso pela Polícia Federal sob a acusação de usar programas sociais para comprar votos.

Após ser preso, ficou sozinho em um quarto no hospital desde a última quarta-feira (16), quando chegou ao local após ter sido preso pela Polícia Federal e ter passado mal. Ele foi submetido a exames que mostraram alterações cardíacas e a equipe médica indicou que ele passasse por um cateterismo.

Na noite desta quinta (17), Garotinho foi transferido do Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio, onde ele não poderá receber o tratamento médico que foi indicado para seu quadro cardíaco.

Na noite de quinta, o juiz Glaucenir Silva de Oliveira, de Campos de Goytacazes, decidiu pela transferência, por conta de suspeitas de que o ex-governador tenha recebido tratamento privilegiado na unidade pública.

Glaucenir afirmou ter chegado ao seu conhecimento que “Anthony Garotinho estava recebendo diversas regalias no Hospital Souza Aguiar” e que “nenhum preso por ordem judicial pode ter direito a qualquer regalia ou tratamento diferenciado, seja em unidade prisional ou hospitalar”.

Na decisão desta sexta, a ministra afirma que não cabe ao juiz avaliar o quadro clínico do ex-governador. Ela diz ainda que o juiz procedeu sem qualquer embasamento técnico-pericial por parte da equipe médica que acompanhava o quadro de saúde de Garotinho.

“Atitude, a meu ver, em tudo temerária, ante o risco de grave à integridade física do custodiado”, diz a ministra na decisão.

Ela ainda destaca que o juiz Glaucenir de Oliveira afirmou, no despacho em que ordenou a transferência de Garotinho para o Complexo Penitenciário, que recebeu notícias de supostas regalias.

Para Luciana Lóssio, não é “minimamente razoável” que uma decisão judicial, que poderia trazer graves consequências à saúde do ex-governador, seja tomada por “notícias de supostas regalias, em relação às quais não se indicou nada de concreto”.

G1

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