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Dedé diz que reza para fazer novo “Trapalhões”; paraibano está confirmado

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publicado em 22/10/2016 às 09h00
atualizado em 22/10/2016 às 06h02

Fora da TV, Dedé Santana tem tocado alguns projetos de cinema e teatro e torce para ser convidado a participar do novo “Os Trapalhões”, projeto da Globo que estreia em 2017 e seguirá os moldes da “Escolinha do Professor Raimundo”. O programa terá quatro jovens atores que farão os trapalhões e deve contar com a participação especial de Renato Aragão e Dedé.

“Eu não sei de nada, até agora não recebi nenhum convite. O Renato [Aragão] é muito fechado, ele não vai me falar uma coisa se não tiver muito certo. Estou orando a Deus que isso aconteça porque a realidade é uma só, estou parado. Tenho família para sustentar e não é brincadeira. Os shows caíram muito, vários teatros fecharam. A coisa está difícil para todo mundo”, contou ele ao UOL.

Lucas Veloso, Rafael Cortez e Mumuzinho são alguns nomes cogitados para viverem Didi, Dedé e Mussum respectivamente.

Fora da TV, Dedé Santana tem tocado alguns projetos de cinema e teatro e torce para ser convidado a participar do novo “Os Trapalhões”, projeto da Globo que estreia em 2017 e seguirá os moldes da “Escolinha do Professor Raimundo”. O programa terá quatro jovens atores que farão os trapalhões e deve contar com a participação especial de Renato Aragão e Dedé.

“Eu não sei de nada, até agora não recebi nenhum convite. O Renato [Aragão] é muito fechado, ele não vai me falar uma coisa se não tiver muito certo. Estou orando a Deus que isso aconteça porque a realidade é uma só, estou parado. Tenho família para sustentar e não é brincadeira. Os shows caíram muito, vários teatros fecharam. A coisa está difícil para todo mundo”, contou ele ao UOL.

Lucas Veloso, Rafael Cortez e Mumuzinho são alguns nomes cogitados para viverem Didi, Dedé e Mussum respectivamente.

“Fiquei com a maior dor de corno. Fui ver aquela novela ‘Êta Mundo Bom’ e queria estar lá. Eu adorei. Faço um caipira muito direitinho. Já trabalhei com o Mazaroppi, então eu faria um papel muito legal ali. Talvez eu não sei se eu faria um papel mais sofisticado bem, mas essa linha da roça, tenho certeza que faria bem. Em ‘Velho Chico’ eu também podia fazer alguma coisa. Não quero ser astro, nunca quis. Quero trabalhar só, estou com 80 anos, mas quero morrer no palco, quero morrer trabalhando”, completou.

Ao relembrar a relação com os colegas de “Os Trapalhões”, Dedé admite que a intimidade com Renato Aragão fez com que eles vivessem entre tapas e beijos e fala com saudade da parceria e amizade com Mussum.

“Eu e o Renato éramos como marido e mulher mesmo. A gente brigava muito, saía no pau, mas era pelo próprio trabalho. A gente vivia 24 horas por dia junto, escrevendo, bolando negócio de cinema. Considero ele como irmão. Ele sempre foi muito legal comigo. Isso de eu falar alguma coisa dele e ele falar de mim, é aquela coisa de briga de marido e mulher. Chega nas datas principais, aniversário, Natal, a gente se liga e se fala. Agora a gente briga menos porque a gente está se vendo pouco. Agora é aquele caso de marido que está muito tempo sem ver a mulher e quando chega quer carinho, né?”, brinca.

Em 1973, Dedé convidou Mussum a integrar “Os Trapalhões” após ser apresentado a ele por Jair Rodrigues e vê-lo em um show dos Originais do Samba. A partir daí, os dois viraram amigos e gostavam de fazer piadas provocativas um com o outro.

“O Mussum era grudado comigo que nem carrapato. Quando estávamos na Record e precisamos botar mais um elemento, o Renato estava em dúvida em quem colocar e eu respondi: ‘Vamos botar um negão’. O Renato perguntou: ‘Mas quem?’ e eu falei que já tinha esse negão.

Fora de cena eu brincava muito com ele. O Mussum e o Renato eram muito engraçados juntos, eles implicavam muito um com o outro. Ele só bebia quando terminava o trabalho, gostava muito de ir para Vila Isabel beber com o Almir Guineto, com o pessoal do samba”, recorda.

Dedé costumava acompanhá-lo em algumas mesas de bar e se divertia com o papo que costumava virar a madrugada. “Eu ia, mas ele não queria me levar e dizia: ‘Você não bebe, cumpadi. Chega lá você bebe suco de laranja e eu passo vergonha’. A conversa deles era muito engraçada. Eles falavam em gíria, daqui a pouco um outro estava rabiscando num papel, o outro começava a cantar uma música e fazia a letra em cima. Cada vez que juntava ali, faziam duas, três músicas. O Mussum era muito agarrado comigo”, conta ele ao relembrar os momentos ao lado do humorista, que morreu em 1994, vítima de insuficiência cardíaca.

O mineiro Zacarias, segundo Dedé, era o amigo de todos e que acalmava os ânimos quando o clima esquentava nos bastidores de “Os Trapalhões.

“Zacarias era o grande apaziguador do grupo. Às vezes eu chegava reclamando do Renato e ele me acalmava e dizia: ‘Que isso rapaz, o Renato é seu irmão, como é que você vai brigar com ele’. Ele fazia o mesmo quando era o Renato. Era o apaziguador da turma mesmo. Quando o clima ficava ruim, ele me ligava e ia na minha casa ou ligava para o Renato. Era um amor de pessoa”, disse ele. O comediante morreu em 1990, aos 56 anos, de insuficiência respiratória.

Dedé Santana participou do longa “O Shaolin do Sertão”, que está em cartaz nos cinemas. Ele também está no filme “Repartição do Tempo”, que deve estrear em breve e em “Os Saltimbancos Trapalhões: rumo a Hollywood”, dirigido por João Daniel Tikhomiroff, com previsão de estreia para 2017. O ator e humorista também se arriscou nos palcos na peça “A Última Vida de Um Gato”, sucesso de público em Belo Horizonte, que viaja pelo Brasil no próximo ano.

“A gente intitula de alta comédia, é uma peça leve, mas passa muita emoção. É um grande desafio para mim”, conclui.

Uol

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