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José Gonzaga Sobrinho, mais conhecido como Deca do Atacadão é um empresário e político brasileiro, atualmente é senador da República e filiado ao PSDB.
Foi eleito em 2010, ao lado senador Cássio Cunha Lima (PSDB) como primeiro-suplente.
Em setembro de 2016, após o pedido de licença do titular, o senador Deca tomou posse no Senado Federal.

Meu presente

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publicado em 21/10/2016 às 08h41

A vida é uma experiência surpreendente.

Algumas de suas surpresas – admitido – não são fáceis de viver. Outras são em larga medida agradáveis. E outras – poucas, é bem verdade – se enquadram na rara definição de extraordinárias.

Em meu balanço de vida, recém atualizado para esta sexta-feira de aniversário, o extraordinário sempre esteve presente.

Ou não é extraordinariamente surpreendente a jornada de um José que nasceu à luz do lampião, em um Sertão que ainda não conhecia energia elétrica, chegar a esta altura da vida transitando pelos tapetes azuis do Senado Federal, representando seu povo e decidindo – com o cérebro e o coração – o acolhimento de suas demandas e carências?

Tenho noção – e com exatidão – das quilométricas experiências (únicas e surpreendentes) que acumulei ao longo de todos esses anos.

E me sinto sem direito de reclamar. Muito pelo contrário. Tenho consciência do tanto, do muito que sou abençoado – pelos filhos que criei, pelos amigos que cultivei, pelo enredo de vida que construí e sigo construindo.

E esta semana que antecedeu a mais um aniversário foi, por vários aspectos, realmente especial – marcada por muitos encontros e decisões com potencial para impactar, positivamente, a vida de muita gente.

A semana das emendas foi um presente antecipado, embrulhado pelo destino para que os paraibanos possam desembrulhar, ao longo de 2017 e 2018, em suas cidades – na forma de um hospital, de uma obra hídrica, de uma estrada…

Com certeza foi uma semana em que cheguei mais perto, bem próximo mesmo, do que meu verdadeiro perfil, do que realmente sou: um executivo no parlamento.

Alocar estas emendas onde são mais necessárias; definir prioridades para abrigar debaixo desse guarda-chuva tão curto; empunhar uma caneta com poder de decisão para mudar e reconfigurar cenários de tantas carências é, de fato, recompensador.

Pelas portas do gabinete passaram prefeitos e colegas de Congresso, num vai e vem de pleitos e urgências. Nem todos receberam o merecido sim. Mas certamente foi evitado o não para o essencial.

Sim, deu trabalho. Sim, a conta entre demandas e disponibilidades de emendas não bate; não fecha.

Ainda assim, me senti gratificado pela missão. Apesar do sentimento de que se pode, sempre, fazer muito mais.

Diante das limitações do agora, mas já antevendo pelas lentes da fé que o porvir não decepcionará – como nunca o fez ao longo do caminho que trilhei dos sertões até os cerrados da Capital Federal -, fecho a semana das emendas mais intimo de nossas carências e mais motivado a descobrir formas de equacioná-las.

Na contabilização final deste meu balanço – das emendas e da vida – envio, mais uma vez, mudo agradecimento a vida pelo extraordinário tão presente.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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