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Medida Provisória 746

Graças a Temer não é mais preciso estudar para ser professor, diz Anísio

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publicado em 19/10/2016 às 13h21

O deputado estadual Anísio Maia (PT) denunciou nesta quarta-feira, 19, na Assembleia Legislativa, os impactos da Medida Provisória (MP) 746, encaminhada pelo presidente Michel Temer ao Congresso e que promove mudanças no Ensino Médio do país. “Apenas um governo golpista poderia fazer mudanças que envolve a vida de milhões de pessoas a partir de uma canetada, sem conversar com ninguém” afirmou o deputado.

“Foi quebrada a base curricular comum do ensino médio. A partir de agora, apenas matemática e língua portuguesa serão disciplinas obrigatórias e cada escola terá autonomia para definir seu currículo”, explicou Anísio Maia. “Artes e educação física só serão ofertadas no Ensino Fundamental e ficam excluídas sociologia e filosofia”, acrescentou.

Uma escola para pobres e outra para ricos

O deputado  disse ainda que, “na prática, o Ensino Médio terá duas modalidades: uma de formação propedêutica e outra de formação de mão de obra. Quem quiser oferecer aos seus filhos uma educação humanística ou científica, que prepara para a vida universitária, terá que procurar uma escola que dê ênfase a esta formação”.

O parlamentar analisa que a formação profissional será a maior demanda entre os filhos da classe trabalhadora e esta modalidade não prepara para a vida acadêmica. “Os pobres devem se contentar com cursos técnicos, os ricos formarão os intelectuais, médicos, advogados, engenheiros, etc. A indústria da educação privada está livre para fazer o que quiser.”

Profissionais com notório saber

“A falta de compostura dos golpistas é tão grande que agora não é mais preciso estudar para ser professor ou professora. O governo golpista acabou de criar o profissional de notório saber. A MP não explica o que é este notório saber, só diz que será determinado por quem contratar. Qualquer um poderá lecionar, até mesmo os cabos eleitorais contratados depois de eleição. Talvez este seja a maior ofensa destes brucutus que acham que entendem de educação”, concluiu Anísio Maia.

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