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A AL/PB vai mesmo sair da Praça JP?

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publicado em 17/10/2016 às 16h58

Várias entidades culturais da capital paraibana, dentre elas a APL (Academia Paraibana de Letras), o IHG-PB (Instituto Histórico e Geográfico da Paraíba) e a API (Associação Paraibana de Imprensa), já se manifestaram contrariamente ao projeto de mudança da sede da AL/PB (Assembleia Legislativa da Paraíba), atualmente na Praça João Pessoa (também conhecida como Praça dos Três Poderes) para a avenida Epitácio Pessoa – prédio em que no passado funcionou o extinto Paraiban.

Essa manifestação por parte da APL, IHG-PB e API, com outras instituições culturais, ocorreu de forma direta, ou seja, com seus dirigentes pessoalmente comparecendo à AL/PB e oficiando-lhe este posicionamento. Este fato, aliás, foi amplamente noticiado pela imprensa paraibana

Entretanto, até esta data não foi divulgada qualquer notícia dando conta de que a direção da AL/PB tenha reexaminado essa questão, nem mesmo que estaria disposta a instalar um “fórum” de debates a respeito desse tema, aliás, como é de esperar-se de uma Casa Legislativa.

Da parte dessas instituições que oficialmente já se manifestaram perante a AL/PB com a solicitação de que reconsidere esse projeto de mudança de endereço de sua sede, assim o fizeram sobretudo na defesa da preservação histórico-geográfica da capital paraibana, ou seja, para que façamos permanecer esse referencial tão importante a todos nós, daqui da terra, que é continuarmos com a Praça dos Três Poderes, que ficaria descaracterizada se algum deles fixar sua respectiva sede em outro lugar!

Mas, além desse aspecto histórico-geográfico a que antes nos referimos, há um outro, de mesma importância, que a AL/PB precisa considerar. A propósito, basta que apenas façamos alguns questionamentos: a AL/PB já avaliou o impacto que sua sede, instalada na principal avenida da capital paraibana, pode provocar em relação à questão da mobilidade urbana? Será que não se está alcançando que uma Casa Legislativa, especialmente de abrangência estadual, é um “chamariz” – por ser democraticamente apropriada – para mobilizações sociais em protestos ou em defesa alusivos aos mais diversos temas? Não se imaginou os problemas de trânsito e consequentes congestionamentos que podem advir dessas (frequentes) mobilizações sociais em uma avenida como a Epitácio Pessoa? Por que a AL/PB não cria um “fórum” para avaliar que impactos na mobilidade urbana podem ser causados com sua sede na avenida Epitácio Pessoa?

Todos torcermos para que a AL/PB, especialmente por sua presidência (que poderá ser representada, como atualmente, pelo deputado Adriano Galdino ou a partir de janeiro pelo deputado Gervásio Maia), estabeleça os debates sobre esse tema, antes de concretizara mudança de endereço. Isto, em nome da Democracia.

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