João Pessoa, 17 de outubro de 2016 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
“A situação do comércio ilícito é grave”, diz deputado Efraim Filho (DEM/PM), ao apresentar dados sobre contrabando no Brasil. Segundo o parlamentar o crime organizado se alimenta do contrabando e está se estruturando nas regiões de fronteiras do Brasil e dos demais países da América Latina.
“Hoje o contrabando não é mais uma preocupação local. Com dimensão continental os países da América Latina perdem por ano entre 0,9% e 2% de seu PIB”, afirmou Efraim Filho.
Em função destes dados a Frente Parlamentar contra o Contrabando, presidida pelo deputado, tem realizado uma série de reuniões e debates sobre a gravidade e os riscos, que o comércio ilegal, trazem para o país.
De acordo com o congressista na última reunião com o ministro da justiça, Alexandre de Moraes, com representantes dos setores que mais sofrem com o contrabando ficou claro a gravidade desta prática. “Nem sempre a pessoa que compra um CD pirata, um brinquedo, um remédio, ou até mesmo um cigarro sabe que está contribuindo para a estruturação do crime organizado na sua região e no País”, declarou Efraim Filho.
Além da segurança pública outra questão importante a ser tratada, de acordo com o presidente da Frente Parlamentar é a questão tributária, que foi tema recentemente de um debate público. Na avaliação dele a diferença é assombrosa entre os preços dos produtos. Enquanto no Paraguai os cigarros pagam impostos que não superam 16%, no Brasil esse percentual pode chegar a mais de 80%. Ou seja, quanto maior a carga tributária sobre os produtos nacionais, mais competitivos se tornam o que são ilegais, e mais a população sofre com o aumento da criminalidade e dos tráficos de drogas e de armas.
MaisPB
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