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ELEIÇÕES NOS EUA

Pai de soldado norte-americano morto repudia comentários de Trump

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publicado em 11/10/2016 às 11h10
atualizado em 11/10/2016 às 08h11

Khizr Khan, o pai de um soldado norte-americano condecorado morto no Iraque, recriminou o candidato presidencial republicano Donald Trump nesta terça-feira por dizer que seu filho ainda estaria vivo se fosse presidente à época.

“Para esse candidato colocar sua conveniência política acima de qualquer reconhecimento da dor e do sofrimento das famílias é vergonhoso”, disse Khan em uma entrevista à rede CNN.

O empresário de Nova York mencionou o capitão do Exército dos Estados Unidos Humayun Khan no debate presidencial da noite de domingo enquanto criticava sua rival democrata, Hillary Clinton, por votar a favor da invasão do Iraque em 2003, quando era senadora.

“Se eu fosse presidente naquela época ele estaria vivo hoje”, disse Trump. Apesar de sua afirmação de que sempre se opôs à guerra, Trump expressou seu apoio à iniciativa em uma entrevista de 2002.

Khizr Khan fez um discurso na Convenção Nacional Democrata em julho destacando o serviço militar do filho e criticando o pedido de campanha de Trump por uma proibição temporária à entrada de muçulmanos nos EUA.

Na ocasião, Trump respondeu questionando se a esposa de Khan, Ghazala Khan, não teve “permissão” de falar quando apareceu junto ao marido no palco, uma insinuação sobre uma modalidade conservadora de islamismo que envolveu o republicano em uma disputa impopular com os pais muçulmanos de um herói morto em combate.

Os Khan ficaram aturdidos ao ouvir Trump tocar no nome do filho, que morreu em 2004, no debate televisionado de domingo, disse o pai.

“Não ficamos só chocados, ficamos entristecidos com uma expressão tão insincera de seu pensamento e de seu sentimento”, disse Khan.

Trump afirmou ter substituído seu pedido de proibição à entrada de muçulmanos no país por um plano de “verificação extrema”.

reuters

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