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delação de léo pinheiro

JN destaca entrega de documentos da OAS que envolvem Vital

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publicado em 04/10/2016 às 23h04
atualizado em 04/10/2016 às 21h49
Vital do Rêgo, ministro do TCU

O ex-presidente da OAS Léo Pinheiro entregou à Justiça documentos do pagamento de propina pra financiar uma campanha do ex-senador – e, agora, ministro do Tribunal de Contas da União, Vital do Rêgo, do PMDB. Esse foi um dos destaques do Jornal Nacional, da Rede Globo de Televisão, na noite desta terça-feira (4).

Segundo a reportagem, o ex-presidente da construtora OAS já tinha dito que a propina foi pedida em uma reunião com os ex-senadores Vital do Rêgo, presidente da CPMI da Petrobras de 2014, e Gim Argello, que era do PTB e foi vice-presidente da comissão.

A matéria também destaca que os advogados relembraram que os senadores teriam pedido R$ 5 milhões para a campanha de Vital do Rêgo ao governo da Paraíba. Em troca, as investigações contra a OAS na CPI seriam obstruídas.

Léo Pinheiro, segundo o Jornal Nacional, disse que, dos R$ 5 milhões que foram pedidos, entregou R$ 2,850 milhões. O empreiteiro detalhou como, segundo ele, foram feitos os pagamentos e apresentou comprovantes das supostas transferências bancárias.

Ele afirmou que repassou R$ 350 mil a uma paróquia de Brasília, R$ 1 milhão ao PMDB Nacional por meio de doação oficial, e R$ 1,5 milhão teriam chegado à campanha de Vital do Rêgo via caixa 2.

Léo Pinheiro disse que lavou o dinheiro usando uma construtora, a Planície, de Santa Rita, na Paraíba. Além de notas fiscais, ele apresentou comprovantes de transferência para a conta da Planície. Segundo a defesa, parte da quantia foi utilizada para viabilizar o pagamento da vantagem indevida.

Os advogados apresentaram ainda um comprovante de doação de R$ 1 milhão ao PMDB.

Histórico – Vital do Rêgo acabou derrotado na eleição de 2014 para o governo da Paraíba. Depois da disputa, ele assumiu o cargo de ministro do Tribunal de Contas da União. Como tem foro privilegiado, está sendo investigado em Brasília e só pode ser processado no Supremo Tribunal Federal. O juiz Sérgio Moro vai encaminhar os documentos ao STF. Gim Argello e Léo Pinheiro estão presos e são réus da Lava Jato em Curitiba.

Versão do ministro – Vital do Rêgo declarou que não recebeu recursos da Planície para sua campanha eleitoral e que jamais negociou valores relacionados a doações ilícitas de campanhas ou vantagem pessoal indevida.

O PMDB declarou que sempre arrecadou recursos seguindo os parâmetros legais; que as doações de empresas foram de acordo com a Justiça Eleitoral e que as contas do partido tiveram aprovação do Tribunal Superior Eleitoral.

MaisPB

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