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DELAÇÃO DA OAS

Ex-tesoureiro desmente construtora que inocenta Vital

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publicado em 04/10/2016 às 17h36
atualizado em 05/10/2016 às 03h32

Em contato com o Portal MaisPB na tarde desta terça-feira (4), o ex-tesoureiro da Prefeitura de Campina Grande na gestão de Veneziano Vital do Rêgo rebateu versão apresentada pela construtora Planície que, em nota, negou ter prestado serviços ao ministro do Tribunal de Contas da União, Vital do Rego, ou a qualquer de seus familiares.

Com base no Sistema Sagres, do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB), Trajano afirma que a construtora recebeu mais de R$ 10,5 milhões da Prefeitura de Campina Grande, no período em que Veneziano Vital do Rêgo era o prefeito.

O ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, acusou Vital do Rêgo de utilizar a construtora Planície para lavar R$ 1,5 milhão de caixa 2 para sua campanha ao Governo do Estado em 2014. Notas fiscais e comprovantes de transferências da OAS para a Planície foram entregues por ele ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pela operação Lava Jato.

Pesquisa feita no Sistema Sagres mostra que a construtora Planície constava como credora da Prefeitura de Campina Grande no período da gestão de Veneziano. (Veja imagem abaixo)

Constam três contratos, sendo um deles no valor de R$ 10.399.003,63, firmado no ano de 2012. Outros dois contratos foram firmados entre a construtora e a PMCG: de R$ 92.732,24, do ano de 2006 e R$ 18.554,88, no ano de 2012.

“A construtora foi sim prestadora de serviços para o irmão do ministro, ao tempo em que ele esteve prefeito. Ou seja, a Construtora omitiu, ou melhor, mentiu”, disse Trajano.

Os contratos foram firmados para urbanização do conjunto Novo Horizonte, locação de máquinas e utilização do aterro sanitário de Puxinanã.

Entenda:

O ex-presidente da OAS Léo Pinheiro entregou ao juiz Ségio Moro notas fiscais e comprovantes de transferências da empreiteira para uma construtora no interior da Paraíba que, segundo ele, teriam sido utilizadas para lavarR$ 1,5 milhão de caixa 2 para a campanha do hoje ministro do Tribunal de Contas da União Vital do Rêgo (PMDB) ao governo do Estado em 2014.

É a primeira vez que o empreiteiro implica a Construtora Planície, localizada no município paraibano de Santa Rita, de 140 mil habitantes e que recebeu R$ 2,5 milhões da OAS entre os dias 29 de setembro e 30 de outubro de 2014 sob a rúbrica ‘locação de equipamentos’ para as obras do Canal do Sertão em Inhapi, Alagoas, parte das obras da Transposição do São Francisco.

“Parte desta quantia (R$ 1,5 milhão, segundo o empreiteiro) foi utilizada para viabilizar o pagamento da mencionada parcela da vantagem indevida”, afirma a defesa de Léo Pinheiro, preso pela segunda vez na Lava Jato em setembro.

A Planície chegou a publicar nota na imprensa negando qualquer ligação com o ministro ou quaisquer dos seus familiares.

Planície Ltda., tem a esclarecer:

• Não conhece o Sr. Leonardo Pinheiro;
• Foi contratada pela Construtora OAS S.A, para locação de equipamentos destinados para a obra no Estado de Alagoas, por já estar prestando serviços naquele Estado junto a obras de Transposição do Rio São Francisco pelo Exército Brasileiro e certamente por possuir em sua frota própria, todos os equipamentos necessários a execução da obra. A mencionada contratação se deu por meio de prepostos da contratante, sem qualquer intervenção de seus Diretores;
• Os serviços elencados nas notas fiscais anexas ao vosso e-mail podem ser facilmente comprovados por meio de documentação própria e comum a serviços desta natureza;
• Não possui conhecimento de quaisquer afirmações supostamente feitas pelo Sr. Leonardo Pinheiro, reitere-se, nunca o conheceu, ou a qualquer de seus assessores;
• Jamais prestou quaisquer serviços ao Sr. Vital do Rego ou qualquer de seus familiares;
• Quanto ao CNPJ, a empresa possui situação regular, estando ativa junto a Receita Federal do Brasil, encontrando-se adimplente com todas suas obrigações tributárias.”

Sistema Sagres mostra contratos da PMCG com a construtora Planície

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