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Sem espaço no Sevilla, Paulo Henrique Ganso entra na mira do Flamengo

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publicado em 23/09/2016 às 10h43
atualizado em 23/09/2016 às 07h46
Paulo Henrique Ganso during the match between FC Barcelona and Sevilla CF, corresponding to the second match of the spanish Supercup, played at the Camp Nou Stadium, on August 17, 2016. (Photo by Urbanandsport/NurPhoto via Getty Images)

Paulo Henrique Ganso pode ter certeza. Não estará sem lugar para jogar, se não der certo no Sevilla. Desde que foi contratado pelo Sevilla, por 9,5 milhões de euros, cerca de R$ 34,6 milhões, em agosto, o jogador não conseguiu se firmar.

O clube já disputou oito partidas oficiais. Ele só começou três partidas. Uma saiu do banco. Em quatro, não pisou no gramado. O meia não atuou como gosta, mais perto dos atacantes, articulando as ações ofensivas. Pelo contrário. O treinador chileno Jorge Sampaoli o quer como um segundo volante, sem ter a função de marcação. Mas muito mais recuado do que o brasileiro aprendeu a jogar.

Até mesmo mais recuado do que o italiano Pirlo, sempre citado como exemplo da nova função do meia. Seu rendimento vem deixando a desejar.

Tanto que estará fora do importante clássico na cidade, contra o Bétis, amanhã. O jogador tem evitado entrevistas, que com certeza, abordariam o problema.

A situação não é a dos sonhos para o jogador. Até pelo fato de Tite ter assumido a Seleção Brasileiro. O técnico sempre foi um admirador confesso do meia. Mas com essa inconstância e, atuando em uma posição que não é sua, Ganso não pode ter o direito de sonhar com sua volta à Seleção Brasileira.

Mas Paulo Henrique pode ter certeza.

Não está só.

Clubes do Brasil estão seguindo, com todo interesse, sua falta de adaptação ao futebol europeu. O primeiro interessado é o São Paulo. Há um acordo informal que, se nada der certo na Espanha, Ganso poderia voltar. Ele deixou as portas abertas no Morumbi.

O Santos também se posiciona. Os dirigentes atuais sabem que o desafeto de Ganso na Vila Belmiro era o falecido ex-presidente Luís Álvaro. Não há nada que impeça um retorno ao clube que o lançou para o futebol. E onde foi mais feliz, mais valorizado. Dorival Júnior já havia pedido para a diretoria tentar recontratá-lo neste ano.

O Palmeiras também é uma equipe importante que monitora o jogador. Se a situação para o meia piorar e o clube estiver na Libertadores de 2017 e Alexandre Mattos seguir como executivo de futebol, o interesse pode crescer. Idêntica postura do Flamengo. Nada de propostas agora, apenas o acompanhamento da situação. Como também o Atlético Mineiro e o Corinthians.

Em comum, todas essas equipes grandes do futebol brasileiro só o contratariam por empréstimo. O salário de Ganso é muito alto. Cerca de R$ 611 mensais.

Ganso, por enquanto, se mostra tranquilo.

Confia em Sampaoli, que o indicou.

Mas a reserva pode se consolidar. A concorrência é muito forte: o francês Samir Nasri, emprestado pelo Manchester City, o espanhol Vitolo e o japonês Kiyotke. Por isso, usa a desvalorizada camisa 19.

Tanto no Santos como no São Paulo, os dirigentes sabem.

Ganso não tem paciência com a reserva.

A partir daí começa a nascer a esperança.

De concreto, só a certeza.

Cada passo de Ganso no Sevilla está sendo observado.

Se, apesar dos cinco anos de contrato, ele quiser sair, voltar para o Brasil, clubes não faltarão. Só dinheiro para comprá-lo por uma quantia perto do que os espanhóis pagaram. Nem em sonho, alguma equipe gastaria R$ 34,6 milhões.

No atual momento do Brasil, só empréstimo.

A não ser que bilionários se dispusessem a presentear seu time.

Como o casal Lamacchia, no Palmeiras.

Ou Vinicius Pinotti, no São Paulo.

Aí, a história seria outra…

Cosmo Rimoli (Esportes R7)

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