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RECONHECIMENTO

Paraibana recebe o título de Doutora Honoris Causa nesta quinta-feira

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publicado em 08/05/2014 às 11h00

Nesta quinta-feira (8) a professora Maria de Fátima de Sousa receberá o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade Federal da Paraíba durante uma cerimônia, às 19h, no Auditório Prof. Milton Paiva, na reitoria da UFPB. Maria de Fátima é natural de São José de Lagoa Tapada, no Sertão paraibano, e nos últimos 20 anos, dedicou-se à consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS).

Ela graduou-se em Enfermagem, pela UFPB, onde também fez residência em Medicina Preventiva e Social e mestrado em Ciências Sociais. Posteriormente, cursou doutorado em Ciências da Saúde na Universidade de Brasília, onde iniciou o pós-doutorado em Sociologia.

Como advocacy das ações comunitárias em saúde ocupou o aparelho de estado junto à Secretaria de Saúde da Paraíba, como Coordenadora do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), de 1991-1993, um projeto piloto para a estratégia nacional, para a qual foi deslocada em 1994 na condição de Gerente Nacional do PACS, a convite do Ministério da Saúde.

Ainda em 1994, o PACS dava origem ao Programa Saúde de Família (PSF), cuja estratégia política era promover a organização de redes integradas de saúde nos sistemas municipais inseridos em um contexto de decisão política e institucional de fortalecimento da Atenção Básica no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

Nesse cenário, exerceu diferentes papeis na formulação e na implantação do PSF, entre eles o de promover articulações e negociações com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde e com áreas afins do Ministério da Saúde, à luz da implantação do PACS; coordenar o processo de formação da rede de Coordenadores do PACS/PSF, prestando assessoria técnica, quando necessária em todas as Unidades federadas; e mobilizar a rede de coordenadores estaduais do PACS/PSF a dar visibilidade aos resultados dessas estratégias.

Passados 22 e 19 anos, respectivamente da implantação do PACS/PSF, hoje o Brasil conta com 320.970 agentes implantados, beneficiando 124.807.765 pessoas, 64,34% da população, distribuída em 5.417 municípios qualificados. Quanto ao PSF, este por sua vez, conta com 43.376 equipes implantadas, beneficiando 108.096.363 pessoas, o que representa 55,73% da população.

Em virtude desse trabalho, desenvolvido por mais de uma década, recebeu em 2010, em Washington/EUA, o Prêmio Sérgio Arouca para a Excelência em Atenção Universal à Saúde, concedido pela Fundação Pan-Americana para a Saúde e Educação (PAHEF) e pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

Sempre se manteve atenta aos movimentos do sanitarismo brasileiro e assim foi eleita vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO), para a gestão 2013-2015. E em julho de 2013, recebeu das mãos do Presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), Antônio Carlos F. Nardi, e do Ministro de Estado da Saúde, Alexandre Padilha, a medalha Dom Helder Câmara, em homenagem ao Programa de Agentes Comunitários de Saúde – PACs, do qual foi a primeira coordenadora. O evento ocorreu durante a sessão solene de abertura do XXIX Congresso Nacional do CONASEMS, em Brasília.

Atualmente, como Professora Adjunta III da Universidade de Brasília, junto ao Departamento de Saúde Coletiva (DSC) da Faculdade de Ciências da Saúde (FS) e como Coordenadora do Núcleo de Estudos de Saúde Pública, representa a Faculdade no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UnB (CEPE) e ainda eleita como membro do Conselho Universitário (CONSUNI), instância máxima da Universidade.

E, a partir da mesma Instituição Federal de Ensino Superior continua dedicando-se à tarefa de ampliar e qualificar o PACS/PSF, nos âmbitos do ensino, pesquisa e extensão, rumo à promoção de programas de saúde e avanços consideráveis no aumento da cobertura e da qualidade da atenção no país.

Da Assessoria

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